A capital do Amazonas, Manaus, amanheceu novamente coberta por fumaça de queimadas nesta quinta, 12. E os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) permitem ter uma ideia da dimensão da catástrofe ambiental no estado: Em números exatos, até a quarta-feira (11), o estado contabiliza 2.704 focos de calor só em outubro.
Os dados colocam este como o pior outubro de queimadas dos últimos 25 anos para o Amazonas. O Inpe realiza monitoramento dos focos de incêndios desde 1998, quando o órgão começou a série histórica.
Ainda segundo o Inpe, o número de focos de incêndio no estado pode duplicar até o fim do mês, caso se mantenha o mesmo ritmo atual.
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O recorde era, até então, 2009. Em outubro daquele ano, o Amazonas registrou 2.409 queimadas.
Em setembro deste ano, foram contabilizados 7 mil focos de queimadas no estado.
Devido à seca no Amazonas e à situação das queimadas, no final de setembro o governador Wilson Lima (União Brasil) decretou situação de emergência no estado.
A fumaça que encobre Manaus nos últimos dias, segundo o Ibama, é proveniente de queimadas que vem ocorrendo nos municípios de Autazes e Careiro. A fumaça já levou ao cancelamento de várias atividades na cidade. Ainda de acordo com o Ibama, os incêndios são provocadas por agropecuaristas, e massas de ar carregam a fumaça para a capital.
Na terça, 10, o ministro da Justiça Flávio Dino autorizou o uso de agentes da Força Nacional em municípios do Sul do Amazonas para combater queimadas. Os agentes da Força Nacional vão atuar nos municípios de Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea e Manicoré.