Um novo capítulo da novela envolvendo os medidores aéreos da Amazonas Energia ocorreu nesta quarta-feira (29). Moradores de bairros da zona Centro-Sul de Manaus se revoltaram após uma equipe da concessionária de energia continuar instalando os equipamentos, mesmo após decisão judicial que suspende a prática.
Os ânimos entre a população e os funcionários da Amazonas Energia foram exaltados. De acordo com moradores, alguns funcionários agiram com truculência e a Polícia Militar precisou ser acionada. Um diretor da concessionária de energia, que não teve a identidade revelada, foi preso.
O principal ponto de conflito foi no conjunto Eldorado. Deputados e vereadores estiveram no local após serem acionados pela população. Apesar dos apelos, a Amazonas Energia não dá indícios de que vá recuar da instalação dos aparelhos.
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Suspensão na Justiça
Na terça-feira (28), o desembargador Laffayette Vieira, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), proibiu a instalação dos medidores após pedido da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM).
Por meio de nota, a Amazonas Energia lamentou a decisão, afirmando que a medida favorece instalações irregulares – popularmente conhecidas como “gato”. A empresa também informou que seu setor jurídico já recorreu da decisão.
Lei tenta proibir
Na segunda-feira (20), a Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou um Projeto de Lei que proíbe a instalação dos medidores aéreos na capital. A medida foi apresentada pelo presidente da casa, vereador Caio André (PSC).
O PL foi aprovado por unanimidade e agora aguarda a sanção do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que já sinalizou positivamente.