A oportunidade de registrar o Air Force One, o avião presidencial dos Estados Unidos, em Manaus tem atraído curiosos e apaixonados por aeronaves de outros estados do Brasil até a capital amazonense. Um dos símbolos da aviação mundial, o Air Force pousa neste domingo (17/11) em Manaus, entre 10h30 e 11h, trazendo o presidente norte-americano Joe Biden e sua comitiva.
Há duas semanas, Felipe Augusto de Sousa, 36, se prepara para chegar em Manaus, onde pretende chegar ao amanhecer deste domingo. Na bagagem, equipamento fotográfico e passagem de volta, já que no dia seguinte precisa estar a postos no supermercado onde trabalha como gerente.
O presidente Joe Biden faz uma visita ao Amazonas antes de seguir para o Rio de Janeiro, onde nos próximos dias 18 e 19 ocorre a cúpula do G20, da qual o Brasil é anfitrião.
“Decidi comprar a passagem assim que soube que ele iria para Manaus”, afirmou Sousa, apaixonado por aviação desde os 9 anos e que tem como hobby fotografar aeronaves. “É um avião lendário. Nem os americanos o veem com facilidade”, disse.
Os aviões Air Force One, que a presidência norte-americana tem dois à disposição, carregam os códigos de cauda 28000 e 29000. É um Boeing 747-200B totalmente adaptado e que leva a designação VC-25A pela Força Aérea dos EUA.
Capaz de reabastecer no ar e com equipamentos avançados e seguros de comunicações, o jato pode ser usado como um centro de comando móvel em caso de ataque aos Estados Unidos, segundo a Casa Branca.
“Além do mais, essa é uma versão que vai se aposentar logo”, afirmou o agente aeroportuário Herivelto de Andrade Macêdo, 21, de Porto Velho (RO), que também planejou um bate e volta a Manaus para fotografar o “jumbo” que ostenta o selo do presidente dos EUA junto à porta e a bandeira norte-americana na calda.
Adquirido na década de 1990 na gestão de George H. W. Bush, o atual modelo do Air Force One já deveria ter sido substituído. Dois novos aviões presidenciais foram comprados em 2018 no primeiro mandato de Donald Trump, por US$ 3,9 bilhões e a fabricante está com dificuldade de entregar. São versões muito modificadas do Boeing 747-8, a última do clássico avião de dois andares lançado em 1969, que deixou de ser produzido no ano passado.
Os dois VC-25A voaram na sexta-feira (14/11) de Washington para Lima, onde Biden participou da cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) antes de seguir para Manaus. Segundo o site Aeroin, a bordo de um deles estava o presidente e no outro, a apenas 1.000 pés (340 metros) abaixo, seguiu o restante da comitiva norte-americana.
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Os plane spotters (observadores de avião, na tradução literal), como são chamados os fotógrafos de aviões, têm ficado com um olho no céu e outro no chão. É que por causa da visita presidencial, vários Boeing C-17 Globemaster III, da Força Aérea norte-americana, com equipamentos, desceram e subiram de Manaus na última semana.
Mas eles sabem que não terão vida fácil para registrar o pouso do Air Force One no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na capital amazonense. A área oficial para spotters no local, por exemplo, estará fechada por determinação da Embaixada dos Estados Unidos.
A Força Aérea Brasileira (FAB) diz que serão implementadas medidas como áreas restritas, reservadas e proibidas. As regras de segurança em Manaus serão as mesmas para o G20 no Rio de Janeiro.
Dono da conta Aviação Amazônica no Instagram, Rodrigo Dantas, 35, diz que os spotters de Manaus há dias estão estudando melhores locais para se posicionarem. “Esse avião está mexendo muito com a gente, nunca vi tanto engajamento, inclusive de quem não é daqui”, disse.
A ideia, segundo Dantas, é tentar ficar próximo da cabeceira da pista ou em lugares altos. “Se for o caso, vamos subir em cima de árvore”, afirmou.
*Com informações da Folha de S.Paulo