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Quando um vídeo mostra mais que um manifesto, expõe uma rachadura difícil de consertar

Quando um vídeo mostra mais que um manifesto, expõe uma rachadura difícil de consertar

O que antes se passavam apenas como especulações, “bafafás e tititis” nos bastidores, um vídeo, publicado pela liderança do Partido Liberal no Amazonas expôs mais do que um simples gesto de manifesto contra as medidas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Jair Bolsonaro, mas evidenciou aquilo que se suspeitava: um racha dentro do partido relacionado à direita no Estado.

Na gravação, aparece a pré-candidata ao governo do Amazonas, Maria do Carmo Seffair, ao lado de Alfredo Nascimento (presidente do PL), deputado federal Capitão Alberto Neto e os vereadores Carpê e Rosses. O grupo deixa claro que esse é momento de mostrar “união e força”. Algo que eles não estavam conseguindo ter dentro da legenda.


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A ausência dos vereadores Raiff Matos, Sargento Salazar e dos deputados estaduais Delegado Péricles e Débora Menezes não passou despercebida nem pelos internautas, que comentaram diretamente na postagem questionando o “sumiço” de parte da direita amazonense.

O clima de tensão em torno do partido surge diante de muitos cenários a serem discutidos no tabuleiro político. Alfredo Nascimento, presidente estadual da legenda, sonha em sentar novamente na cadeira federal. Enquanto articula isso, Salazar deixa claro que não vai ser uma “marionete de votos” para o decano. O embate foi feito.

“Pisando em ovos” Alfredo Nascimento também optou por não “tensionar” ainda mais a relação com o vereador mais votado nas eleições de 2024. Em entrevista à Rede Onda Digital, evitou tomar partido na disputa entre Wilson Lima e Salazar.

Alfredo chegou a dizer que os filiados “têm liberdade para expressar opiniões, mesmo que sejam divergentes”. Ele ainda reconheceu a força política de Salazar dentro do partido, ressaltando que o vereador “furou a bolha bolsonarista”, o que o torna uma liderança com base eleitoral sólida.

Em meio a essa disputa interna no PL, nomes como Débora Menezes e Raiff Matos são “deixados de lado”, de “escanteio” mesmo com presenças “simbólica” dentro e fora do parlamento.

O futuro político do Partido Liberal no Amazonas depende de muita “massa corrida”, ou um “bom selante”, que una essas divergências internas e caminhem para uma só vertente, consolidar a direita não somente no Estado, mas de preferência no que está mais próximo: as eleições de 2026.