O Brasil registrou um aumento de 113,7% nos casos prováveis de dengue até abril deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Conforme o boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta segunda-feira (02), foram 542.038 casos prováveis, entre a primeira e a décima sexta semana epidemiológica, período compreendido entre 2 de janeiro e 23 de abril de 2022. Esse número já é praticamente o mesmo que foi registrado em todo o ano de 2021, quando foram contabilizados 544 mil casos prováveis de dengue.
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A doença, causada por um vírus, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e nas articulações. Na forma mais grave, a dengue pode causar hemorragia interna em órgãos e tecidos, e levar à óbito.
A Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue, com 920,4 casos por 100 mil habitantes, seguidas da região Sul, com 427,2 casos/100 mil habitantes, o Sudeste com 188,3 casos/100 mil habitantes, Norte com 154 casos/100 mil habitantes e por último, o Nordeste com 105 casos/100 mil habitantes. Alerta para o estado de Goiás, que tem sido o mais afetado, liderando a incidência do país, com 1.366 casos para cada 100 mil habitantes.
Desde o início do ano, foram confirmados 160 óbitos por dengue no Brasil, sendo 147 critério laboratorial e outras 13 por análise clínica. Os estados mais registrados de morte pela doença são: São Paulo, 56; Goiás, 19; Santa Catarina, 19; Bahia, 16. Outros 228 óbitos ainda estão em investigação.
Até o dia 23 de abril, foram notificados 378 casos de dengue grave e 4.741 casos de dengue com sinais de alarme. Outros 368 casos de dengue grave e dengue com sinais de alarme seguem em investigação.