O Ministério da Saúde revelou, nesta quinta-feira (11/1), que ainda há, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, locais onde o garimpo não permite aos profissionais de saúde atuar “com a segurança necessária”. Já a pasta dos Povos Indígenas relatou que indígenas da etnia Pirahã, na região do município amazonense de Humaitá, sofrem com alimentação escassa.
A manifestação ministerial consta em nota que a pasta divulgou em resposta a notícias publicadas ontem (10/01), sobre o recente socorro prestado a crianças indígenas desnutridas.
“Sobre as imagens divulgadas por veículos de imprensa, trata-se de um resgate de três crianças em situação de desnutrição feito por profissionais do Ministério da Saúde em uma comunidade na fronteira com a Venezuela, em uma operação de alto risco devido à presença de garimpeiros”, informou o ministério, acrescentando que, devido à falta de segurança, a ação teve que ser realizada rapidamente.
Durante o ano de 2023, as ações do governo federal conseguiram reabrir seis polos-base, permitindo que 307 crianças diagnosticadas com desnutrição grave ou moderada fossem atendidas e se recuperassem.
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Terra indígena Pirahã
Servidores do Ministério dos Povos Indígenas que visitaram dez aldeias na Terra Indígena Pirahã, no Amazonas, no começo de dezembro, se depararam com um quadro de fome e desnutrição entre indígenas da etnia — uma das consideradas por órgãos indigenistas como de recente contato.
A visita técnica do ministério, que também incluiu representantes da Funai, foi feita entre os dias 3/12 e 8/12 e relatada no último dia 5/1, em reunião da “sala de situação” instalada por ordem do Supremo Tribunal Federal.
Dois coordenadores da Secretaria de Direitos Ambientais e Territoriais Indígenas (SEDAT) que viajaram ao município amazonense de Humaitá, nas regiões de Alto e Baixo Maecí, onde fica a terra dos Pirahã, relataram alimentação escassa dos indígenas.
*com informações da Agência Brasil e Metrópoles.