Nesta sexta (19/7), o presidente Lula afirmou que as relações que tem com países como Venezuela e Argentina são “de Estado” e que seus cidadãos elegem “os presidentes que eles quiserem”. A fala foi dita durante evento em São José dos Campos (SP).
Lula fez esse comentário um dia após o presidente venezuelano Nicolás Maduro dizer, em comício, que o país poderá enfrentar um “banho de sangue” caso ele não vença as eleições presidenciais do país, que deverão ocorrer no final deste mês.
No evento, Lula acompanhou o anúncio da liberação de crédito de R$ 10,75 bilhões para obras nas rodovias Dutra e Rio-Santos, que ligam São Paulo e Rio de Janeiro. O presidente brasileiro disse:
“Por que que eu vou querer brigar com a Venezuela, com a Nicarágua, com a Argentina? Eles que elejam os presidentes que eles quiserem. O que me interessa é a relação de Estado.
Todo mundo gosta do Brasil e o Brasil tem de gostar de todo mundo. Não tem nenhum país do mundo sem contencioso com ninguém como o Brasil, não existe”.
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Maduro é aliado histórico do PT desde o governo Dilma Rousseff. E Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, país citado por Lula, também é acusado de regime autoritário.
Já o presidente argentino Javier Milei, de direita, não tem relação estabelecida com Lula e se mantém apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro. Milei chegou a chamar Lula de “corrupto” durante a campanha eleitoral na Argentina, no ano passado.
As últimas pesquisas, a dez dias da eleição, indicam que Maduro pode ser derrotado pelo nome indicado pela oposição: o ex-diplomata Edmundo González, anunciado pela Plataforma Democrática Unitária (PUD). O atual presidente concorre ao terceiro mandato consecutivo, e está no comando da Venezuela desde 2013.
Com informações de UOL.