Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) estiveram por 20 minutos, nesta quarta (18/06), discutindo sobre a suspensão, anulação e consequências do concurso público da casa legislativa, realizado no ano passado. O certame segue marcado por polêmicas mesmo após tratativas da CMM com o Ministério Público (MP-AM).
O surgimento do tema foi feito pelo vereador Zé Ricardo (PT), que questionou o andamento do processo por parte da casa legislativa ao presidente David Reis (Avante), que estava à frente da Mesa Diretora, dando continuidade aos trabalhos dos vereadores.
“A Câmara, através da Mesa Diretora, precisa dar um retorno para nós, parlamentares, e para a sociedade sobre o concurso. Como é que fica? O definitivo, não vai ser cancelado a decisão anterior? Não vai ter a continuidade do concurso passado? E por outro lado, a realização de um novo concurso? Acho importante estabelecer isso para reconhecimento da sociedade”, destacou o parlamentar ao presidente da casa legislativa.
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Por sua vez, David Reis, foi categórico em informar que o concurso foi realizado na gestão passada, herdada em sua liderança e que não cabe a ele anular ou não um processo como este.
“Se fosse simples, teriam findado o concurso na presidência passada. Longe de mim querer ter tido essa herança. Isso era pra ter finalizado na legislatura passada, mas não foi feito, a herança veio para esta gestão. Então, não vou agir ao arrepio da lei, justamente nós estamos nos alcateando para que amanhã não sejamos alvo de uma decisão judicial”, explicou o parlamentar.
O líder do prefeito na casa legislativa, Eduardo Alfaia (Avante), parabenizou a atuação do parlamentar e demonstrou sua total satisfação no trabalho do colega à frente das conversas para a solução do problema. Logo em seguida, Jander Lobato (PSD) faz a mesma vertente, porém, fica exaltado ao citar o nome de Zé Ricardo, que deu início a conversa no plenário.
“O vereador Zé Ricardo deveria estar muito ocupado no dia por não ter ido ao Ministério Público, não se estava atrás dos fantasmas. (…) Devia ir atrás dos ladrões do PT que roubaram os velhinhos do INSS, isso vossa excelência não fala aqui”, disparou Lobato.
Respondendo aos colegas da base, o vereador Rodrigo Guedes (PP), pediu para que os parlamentares pedissem desculpas pelas falas que soaram, a primeira vista, como inadequadas às pessoas que se sentiram prejudicadas com o certame.
Toda a discussão aconteceu em meio a votação de um texto, de autoria da vereadora Thayssa Lippy (PRD), onde abordava a divulgação de editais de concursos públicos impressos no Sistema Braille. O vereador Marcelo Sefarim (PSB) foi quem lembrou e alertou os colegas para que focassem no debate ao texto.
“Estamos na leitura de um veto, ele vai ser lido, vai para a CCJ e a gente continua a pauta. A leitura da pauta é sobre Sistema Braille em concurso”, lembrou o parlamentar.
Diante disso, o presidente da casa legislativa encerrou o debate e continuou os trabalhos.
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