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Serafim critica ataque “eleitoreiro” do governo federal contra ZFM

Serafim critica ataque “eleitoreiro” do governo federal contra ZFM

Deputado também comentou pedido da Controladoria Geral da União de reverter decretos favoráveis às indústrias locais. Foto: Marcelo Araújo/Divulgação

O deputado Serafim Corrêa (PSB) comentou, nesta terça-feira (23), o novo ataque do governo federal contra a Zona Franca de Manaus: a redução de 10% no Imposto de Importação (II) anunciada para reduzir os preços ao consumidor final. Para Serafim, trata-se de uma medida eleitoreira, tomada tardiamente, cujo efeito será ineficiente a curto prazo.

“O objetivo é reduzir a inflação, diminuindo a alíquota para que o preço dos importados fiquem menor. O problema é que o dólar tem subido muito mais que a redução, e isso faz com que a inflação não caia. O governo está numa sinuca de bico, tenta reduzir a inflação para fins eleitorais. Não tem mais tempo. A eleição é daqui a cinco meses. Passou do momento de agir contra a inflação, o que deveria ter sido feito antes”, avaliou.

 


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Um corte de 20% já havia sido implementado pelo governo Bolsonaro no ano passado, o que eleva a redução no setor para 30%. Há previsão, ainda, de que a medida seja ampliada em dez pontos percentuais até o final deste ano.

Dificuldade logística

Na sessão de hoje da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Serafim criticou a tentativa da Advocacia Geral da União (AGU) de recorrer da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspende decretos que reduzem o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) dos produtos da Zona Franca de Manaus.

Para o deputado, o advogado-geral Bruno Bianco Leal equivocou-se ao argumentar que a distância do Amazonas dos grandes centros consumidores não constitui entrave logístico.

“Agora nós não temos mais nenhuma dificuldade de logística e nós não estamos mais distantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais? Estamos aqui do outro lado da rua? Antes de mais nada, o advogado-geral da união precisa olhar o mapa do Brasil, ter uma aula de geografia e ver que as distâncias inibem o nosso desenvolvimento, que é um fator que muito complica e muito atrasa em relação ao mercado consumidor”, concluiu Serafim.