O secretário de Infraestrutura de Presidente Figueiredo, no Amazonas, Cláudio José Ernesto Machado, mais conhecido como Engenheiro Machadão, foi exonerado do cargo nessa segunda-feira (14/04) após ser flagrado supostamente trocando embalagens de produtos para pagar um valor menor na loja Havan, em Manaus. O caso ganhou repercussão nacional após o empresário Luciano Hang, proprietário da rede varejista, divulgar o vídeo nas redes sociais no domingo (13/04).
O registro faz parte de um compilado de imagens de tentativas de furtos em unidades da Havan. O episódio envolvendo o secretário ocorreu na filial localizada no bairro Flores, zona centro-sul da capital amazonense.
Veja o vídeo:
Secretário de Presidente Figueiredo é flagrado em suposta fraude para "pagar menos" na Havan pic.twitter.com/kbc6qYStod
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) April 13, 2025
Natural de Manaus, Cláudio Machado tem um histórico extenso no serviço público. Ao longo da carreira, atuou nos Correios, no Exército Brasileiro e na Marinha do Brasil. Em 2022, ganhou destaque ao se candidatar ao cargo de vice-governador do Amazonas na chapa liderada por Carol Braz, do PDT.

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Diante da polêmica, Engenheiro Machadão emitiu nota pública negando qualquer intenção de cometer crime. Segundo ele, a exposição feita pela empresa foi “vexatória” e irresponsável.
“O que foi comprado foi pago. No momento do pagamento, o produto estava lacrado e a funcionária do caixa não observou nenhuma irregularidade ou violação na embalagem. Caso contrário, teria sido indagado”, afirmou o ex-secretário.

Machado reforçou ainda que não foi abordado por nenhum funcionário da loja durante todo o tempo em que esteve no local.
“Logo, não posso ser acusado de criminoso. Já estou buscando na Justiça que as medidas cabíveis sejam tomadas”, declarou.

Leia a nota do secretário na íntegra:
“Em recente vídeo divulgado nas redes sociais, fui exposto de forma vexatória por um estabelecimento comercial em Manaus, que de forma irresponsável me qualifica como criminoso, ao afirmar que cometi um furto.
O que foi comprado foi pago. No momento do pagamento o produto estava lacrado e a funcionária do caixa não observa nenhuma irregularidade ou violação na embalagem, caso contrário teria sido indagado.
Durante todo o percurso não fui abordado por nenhum funcionário. Logo, não posso ser acusado de criminoso.
Já estou buscando na justiça que as medidas cabíveis sejam tomadas e que a empresa e seu proprietário reparem de alguma forma a exposição e os danos causados a mim”.