Nesta quinta-feira (20/06), o governador Wilson Lima reuniu secretários de Estado para tratar sobre o enfrentamento à estiagem deste ano. Com a antecipação da seca em 30 dias, o governo estadual se prepara para declarar estado de emergência a partir de julho.
Conforme dados meteorológicos uma seca severa nos rios da região deve afetar mais de 150 mil famílias. Diante do cenário, o Governo do Estado apresentou um plano de ação para reduzir os impactos.
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Em entrevista à imprensa, o governador do Amazonas, Wilson Lima, abordou as medidas emergenciais que estão sendo planejadas para combater a estiagem que já afeta a navegação e o abastecimento nas calhas dos rios Juruá, Solimões e Purus.
Entre as ações apresentadas pelo governador está a dragagem de rios cuja os editais para as obras foram assinados ontem pelo Ministeiro de Portos e Aeroportos nesta quarta-feira (19/06).
Isso é importante para garantir a navegabilidade dos rios, essencial para o transporte de pessoas e escoamento de mercadorias e insumos do nosso polo industrial.
— Wilson Lima (@wilsonlimaAM) June 20, 2024
Wilson Lima destacou que o processo de contratação das empresas responsáveis pela dragagem dos rios é conduzido pelo Governo Federal. Segundo o governador, ele tem solicitado repetidamente ao Ministro e ao Vice-Presidente da República que iniciem essas operações o mais rápido possível devido à urgência da situação.
“O pedido que eu fiz e tenho feito reiteradamente ao Ministro e também ao Vice-Presidente da República é que se inicie o mais rápido possível, porque este ano o período de estiagem vai antecipar em 30 dias”, explicou Lima.
Estado de emergência e ações imediatas
Com os níveis dos rios Solimões já bem abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, a situação é preocupante.
“Já temos dificuldade na navegação no Solimões. Tudo indica que teremos uma situação bem severa”, afirmou o governador.
Para agilizar as ações de mitigação, o governo estadual planeja decretar estado de emergência em julho.
“A partir de julho, precisamos decretar essa situação de emergência para que possamos agilizar as ações. Da mesma forma, isso se repete nas calhas do Juruá e do Purus”, ressaltou Lima.
Impacto nas comunidades ribeirinhas
As comunidades ribeirinhas são as mais vulneráveis aos efeitos da seca. Com a antecipação da estiagem, as famílias que residem nas áreas afetadas já estão começando a sentir os impactos.
“O decreto de emergência é essencial para começarmos a implementar as ações necessárias, pois essas famílias já estão sendo afetadas”, concluiu o governador.