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Santiago: “Questionar o STF não pode ser única pauta de senador”

Advogado e presidente de comissão da OAB Carlos Santiago falou à Onda Digital sobre democracia, STF e eleição para Prefeitura em 2024.

O advogado, sociólogo e presidente da comissão de reforma política e combate à corrupção eleitoral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Carlos Santiago esteve hoje no estúdio da Onda Digital no programa Fiscaliza Geral. Ele conversou com os jornalistas Alex Braga e Ananda Chamma a respeito do resultado das eleições deste ano e a democracia brasileira.

Santiago afirmou:

“Nunca tivemos uma eleição com tanta participação popular. O índice de abstenção foi baixíssimo, e foi menor no segundo turno do que no primeiro. O recado das urnas foi dado: quem decide quem entra e sai é o eleitorado, via votação popular. E nunca se viu um período histórico de tanta liberdade no país quanto hoje. Congresso funcionando plenamente, na presidência temos um homem eleito democraticamente, o poder Judiciário está julgando e quando suas decisões são questionadas, o são pelo devido processo legal. O Brasil vive plena democracia. Claro, existe um saudosismo de grupos extremistas, isso sempre vai ter, mas a democracia brasileira nesse momento tem muita força.

Os grupos que questionam o resultados das urnas o fazem porque foram levados a isso. Ouviram por 4 anos a narrativa de que as urnas não são confiáveis, de que o exército ia resolver os problemas sociais do Brasil, e mostrou-se hoje que nada disso é correto. Hoje parece que vivemos num vazio: o governo eleito não assumiu, e o atual sumiu. Hoje, no G20, o Brasil nem está com representação, isso é muito sério”.


Leia mais:

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Ele também comentou sobre críticas ao membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e iniciativas como a do senador Plínio Valério (PSDB-AM) de tentar abrir pedido de impeachment de ministros da corte no Senado Federal. Ele disse:

“Críticas ao posicionamento dos ministros do STF são válidas, mas políticos não podem usar essa pauta como única justificativa dos seus mandatos. Vamos dar um exemplo claro: Alexandre de Moraes foi quem trouxe pra si a responsabilidade de resguardar a ZFM. Sem ele lá, com sua força e autoridade, a ZFM teria sido duramente atingida pelo atual governo. Isso tudo não pode ser uma proposta de mandato de senador de 8 anos. Fora questionar o STF, o que mais sobra pra um senador do Amazonas além de discurso contra o tribunal?”

Santiago ainda comentou sobre a divulgação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou para o Egito para a COP27 em jatinho de empresário que foi preso em 2014 pela operação Lava Jato:

“Acho isso uma falta de ética do presidente eleito. Pode ser até legal, mas o Lula já tem experiência suficiente para evitar esse tipo de coisa. É muito difícil que esse empresário tenha hoje ligação com a administração pública, mas isso cria uma situação no mínimo constrangedora”.

Santiago fez também uma avaliação sobre o panorama da eleição para prefeito de Manaus em 2024:

“Novos nomes foram colocados na disputa para 2024. Coronel Menezes, Joana D’Arc, Amom… A esquerda deve lançar seu candidato junto com uma federação, poderá ser Zé Ricardo ou Sinésio. David Almeida, candidato à reeleição. Mas o cenário ainda vai mudar muito, não ficará estático, por exemplo, com o presidente Bolsonaro com mais de 50% dos votos em Manaus, com o candidato dele tendo facilidade… Será um jogo muito duro”.

A entrevista completa do advogado Carlos Santiago pode ser assistida aqui.

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O advogado, sociólogo e presidente da comissão de reforma política e combate à corrupção eleitoral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Carlos Santiago esteve hoje no estúdio da Onda Digital no programa Fiscaliza Geral. Ele conversou com os jornalistas Alex Braga e Ananda Chamma a respeito do resultado das eleições deste ano e a democracia brasileira.

Santiago afirmou:

“Nunca tivemos uma eleição com tanta participação popular. O índice de abstenção foi baixíssimo, e foi menor no segundo turno do que no primeiro. O recado das urnas foi dado: quem decide quem entra e sai é o eleitorado, via votação popular. E nunca se viu um período histórico de tanta liberdade no país quanto hoje. Congresso funcionando plenamente, na presidência temos um homem eleito democraticamente, o poder Judiciário está julgando e quando suas decisões são questionadas, o são pelo devido processo legal. O Brasil vive plena democracia. Claro, existe um saudosismo de grupos extremistas, isso sempre vai ter, mas a democracia brasileira nesse momento tem muita força.

Os grupos que questionam o resultados das urnas o fazem porque foram levados a isso. Ouviram por 4 anos a narrativa de que as urnas não são confiáveis, de que o exército ia resolver os problemas sociais do Brasil, e mostrou-se hoje que nada disso é correto. Hoje parece que vivemos num vazio: o governo eleito não assumiu, e o atual sumiu. Hoje, no G20, o Brasil nem está com representação, isso é muito sério”.


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“Críticas ao posicionamento dos ministros do STF são válidas, mas políticos não podem usar essa pauta como única justificativa dos seus mandatos. Vamos dar um exemplo claro: Alexandre de Moraes foi quem trouxe pra si a responsabilidade de resguardar a ZFM. Sem ele lá, com sua força e autoridade, a ZFM teria sido duramente atingida pelo atual governo. Isso tudo não pode ser uma proposta de mandato de senador de 8 anos. Fora questionar o STF, o que mais sobra pra um senador do Amazonas além de discurso contra o tribunal?”

Santiago ainda comentou sobre a divulgação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou para o Egito para a COP27 em jatinho de empresário que foi preso em 2014 pela operação Lava Jato:

“Acho isso uma falta de ética do presidente eleito. Pode ser até legal, mas o Lula já tem experiência suficiente para evitar esse tipo de coisa. É muito difícil que esse empresário tenha hoje ligação com a administração pública, mas isso cria uma situação no mínimo constrangedora”.

Santiago fez também uma avaliação sobre o panorama da eleição para prefeito de Manaus em 2024:

“Novos nomes foram colocados na disputa para 2024. Coronel Menezes, Joana D’Arc, Amom… A esquerda deve lançar seu candidato junto com uma federação, poderá ser Zé Ricardo ou Sinésio. David Almeida, candidato à reeleição. Mas o cenário ainda vai mudar muito, não ficará estático, por exemplo, com o presidente Bolsonaro com mais de 50% dos votos em Manaus, com o candidato dele tendo facilidade… Será um jogo muito duro”.

A entrevista completa do advogado Carlos Santiago pode ser assistida aqui.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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