Professores pressionam vereadores a arquivar proposta da Reforma da Previdência na CMM

(Foto: Reprodução)
Nesta quarta-feira (24/9), professores da rede municipal de ensino se mobilizaram mais uma vez contra o projeto de lei da Reforma da Previdência Municipal. A categoria cobra dos vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) a rejeição da proposta encaminhada pelo prefeito David Almeida (Avante), que amplia em até sete anos o tempo necessário para a aposentadoria dos profissionais da Educação.
O protesto tem como objetivo pressionar o Executivo municipal e os vereadores da Câmara Municipal a arquivarem o texto.
Durante o ato, cartazes destacavam frases de repúdio à medida, como: “Educar é missão, não escravidão”.

A professora Helma Sampaio, uma das líderes da manifestação, reforçou o indicativo de greve aprovado pela categoria.
“Fizemos uma assembleia geral no dia 16 de setembro e foi deliberado um indicativo de greve. Se esse projeto de lei for aprovado, nós faremos greve na educação municipal. Infelizmente, não queremos que isso aconteça, entendemos que greve é o último recurso, que é prejudicial, mas solicitamos que o prefeito possa se sensibilizar com toda essa situação que está prejudicando os professores”, afirmou.
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Apesar da pressão dos servidores, a maioria dos parlamentares da CMM permanece favorável à Reforma da Previdência, que segue em discussão e votação na Casa. O projeto altera as regras de aposentadoria pela Manaus Previdência (ManausPrev) e impacta especialmente as mulheres da categoria. Pela proposta, a idade mínima das professoras sobe de 55 para 62 anos, enquanto a dos homens passa de 60 para 65 anos.
Atualmente, as educadoras podem se aposentar com 25 anos de contribuição e 50 anos de idade. Com a nova regra, esse critério será elevado para 57 anos, mudança que, segundo os professores, ameaça a qualidade de vida e desvaloriza a profissão.
Rodrigo Guedes ameaça expor votos
O vereador Rodrigo Guedes (PP), que estava presente na manifestação, afirmou que uma greve de professores seria muito prejudicial para Manaus e que a única alternativa é retirar o projeto de lei de pauta. O parlamentar sugeriu que, caso seja apresentado um novo texto, que seja mostrado antes aos servidores para haver conformidade e aprovação do Parlamento consequentemente.
O parlamentar ameaçou expor os colegas que votarem pela aprovação do projeto.
“Vou colocar outdoors com o rosto de cada vereador que votou a favor. Não adianta ficar com raivinha, tem que ter coragem e assumir seus votos”, disse.
Após a classe se retirar da Câmara, já que o projeto não seria discutido nesta quarta-feira, eles se direcionaram à Prefeitura de Manaus para tentar falar com o chefe do Executivo municipal. Diante das manifestações, as aulas foram suspensas em todos os turnos.
