Com a prisão de Rosinaldo Bual, quem pode ser o sucessor dele na CMM?

Foto: Arquivo’/ CMM.
Nesta sexta-feira, 3/10, ocorreu a prisão preventiva do vereador Rosinaldo Ferreira da Silva, o Rosinaldo Bual (Agir), durante operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
A decisão que autorizou sua prisão também determinou o bloqueio de bens, afastamento de assessores e apreensão de valores e documentos. Com o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, incluindo o gabinete de Bual na CMM, a expectativa agora se volta para os desdobramentos políticos da investigação.
De acordo com o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), a Justiça, já decidiu pelo afastamento do investigado das funções parlamentares por 120 dias. Então a dúvida que ecoa é: quem será o sucessor de Bual e quais os trâmites para que isso aconteça?
Segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o suplente imediato da legenda é o ex-vereador e atual secretário municipal Alonso Oliveira, que poderá retornar ao parlamento.
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Alonso Oliveira
O ex-parlamentar atuou como vereador da cidade de Manaus por três mandatos, em 2013-2016, 2019-2020 e 2023-2024. Advogado trabalhista e previdenciário há mais de 30 anos, esteve à frente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) pelo período de dois anos, 2021-2022.
Atualmente, ele está como titular da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (SEMTEPI), após perder a cadeira de vereador nas eleições de 2024.
A Rede Onda Digital entrou em contato com o secretário para esclarecimentos sobre a possível “troca de cadeiras”, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.
Operação Face Oculta
A investigação aponta que Rosinaldo Bual, preso preventivamente, obrigava servidores comissionados a devolver até metade do salário que recebiam. Para viabilizar a fraude, mantinha entre 40 e 50 assessores nomeados, número muito superior à real necessidade do gabinete, incluindo pessoas que sequer exerciam funções públicas compatíveis.
Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, inclusive na CMM e na residência do vereador investigado, e dois de prisão preventiva contra os principais envolvidos.
Itens apreendidos
O cofre apreendido continha R$ 390 mil em espécie e cheques de mais de R$ 500 mil. Além de computadores, celulares e notebooks.
