A Polícia Federal (PF) começou a investigar o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), para apurar se ele teve participação nos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília.
A investigação é motivada por informações provenientes da delação do tenente-coronel Mauro Cid, homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo a delação, Braga Netto foi acusado em delação de manter Bolsonaro a par das manifestações golpistas, tendo feito a “ponte” entre ele e os integrantes dos acampamentos. Os investigadores da PF mapeiam as reuniões realizadas no fim do ano passado entre Bolsonaro, Braga Netto e alguns integrantes das Forças Armadas. A maioria das reuniões teria ocorrido no Palácio do Alvorada, e segundo informações do jornal O Globo, o general teria se encontrado com Bolsonaro em pelo menos quatro ocasiões.
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Anteriormente, Braga Netto havia dito à imprensa que “evitava comparecer a essas reuniões para não causar constrangimentos”, porque já “estava na reserva”.
Outra informação revelada da delação de Mauro Cid foi de que o ex-ajudante de ordens da presidência afirmou que Bolsonaro teria se reunido com representantes das Forças Armadas para propor uma intervenção militar após a derrota no segundo turno das eleições.