Os irmãos, delegado Péricles, deputado estadual (PL), e coronel Rosses, vereador (PL), foram os convidados do programa “Conexão Onda”, na Rede Onda Digital, na manhã desta sexta-feira (25/4). Em um bate-papo descontraído, os políticos falaram sobre o início das carreiras na polícia e política, e citaram o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o filho Eduardo como uma das inspirações para ingressarem no cargo público.
Segundo Péricles, que começou antes, a ideia foi e Rosses e tudo começou após o delegado ser baleado com um tiro no rosto durante uma operação.
“Nunca me imaginei na política. Graças a Deus por um milagre eu estou aqui. A partir daí, minha vida mudou. A campanha foi em 2018 e o mandato em 2019”, explicou o Delegado Péricles.
“Depois de tudo que aconteceu, o meu irmão [Rosses] idealizou algo, aí entra o Bolsonaro também, onde nós conhecemos o Eduardo Bolsonaro, e aí partiu do meu irmão a vontade”, acrescentou o deputado.
Sobre sair da polícia e migrar a para a política, o delegado disse que nunca havia pensado nisso e chegou a negar a ideia no início.
“Inicialmente eu resisti porque eu não queria, mas depois entendendo o momento, entendendo que nós podemos fazer muito mais na política pelas pessoas”, contou o parlamentar.
Veja a fala de Péricles:
Delegado Péricles revela que decidiu entrar na política por ideia de Coronel Rosses após encontro com família Bolsonaro pic.twitter.com/S5zz4PQ5jT
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) April 25, 2025
Leia também:
Com pedido de cassação, Coronel Rosses revela apoio inusitado na CMM: “É um vereador do PT”
Carreiras políticas e policiais

Logo no início do programa, o que chamou atenção da apresentadora Carla Castelo Branco, foi a comunicação corporal dos irmãos que estavam sentados com a mesma perna cruzada, além de trajes parecidos e a mesma postura.
“Sempre foi assim, desde criança? É um seguindo o passo do outro?”, perguntou a jornalista.
“Quando eu entrei na polícia militar com 17 para 18 anos, o meu sonho era que o meu irmão entrasse na polícia militar e seguisse carreira. Não foi possível, ele foi para o exército e depois, para a carreira jurídica e depois para polícia civil. Mas depois de certa experiência que ele adquiriu na área jurídica e na área política, hoje eu sigo mais os passos dele o que ele os meus“, disse o vereador, coronel Rosses.
“Acabou tudo convergindo para que nós fôssemos para polícia e agora na política”, disse o deputado delegado Péricles.
Os irmãos são filhos de uma professora e um taxista. Na entrevista, eles contaram os desafios da infância sem recursos e os desafios para a construção das carreiras.
“Nós tivemos uma infância pobre, mas com muita dignidade, muita honra. Assumi uma responsabilidade grande quando eu saí aqui de Manaus, passei num concurso público para a polícia militar. Eu tive que migrar para outro estado, tive que migrar para Minas Gerais. Foi uma vida muito sacrificante, mas muito digna”, contou Rosses.
Rosses critica David Almeida
Ainda na entrevista, o vereador Coronel Rosses foi questionado por um internauta sobre o caso recente de um guarda municipal flagrado agredindo um morador de rua, no Centro de Manaus. Na oportunidade, o vereador questionou qual o nível de preparo desse guarda e criticou o prefeito David Almeida (Avante) sobre um requerimento aprovado por ele que impede a análise de documentos da prefeitura caso não haja aprovação no esquema de votos da Câmara Municipal de Manaus (CMM).
“Nos remete a pensar qual o nível de preparo esse guarda municipal tem?”, iniciou a fala. “Você sabia que nenhum vereador da Câmara de Manaus pode ter acesso a qualquer documento, qualquer informação da prefeitura dos secretários, se não for aprovado um requerimento pela câmara? Isso é algo que me indignou bastante. É algo que o prefeito fez há dois, três anos atrás para blindá-lo. Porque eu vejo isso como uma atitude covarde. Uma atitude de quem quer esconder algo”, declarou ele.
O vereador reiterou o desejo de receber o secretário da guarda municipal da cidade, Alberto Siqueira, para debater o preparo dos agentes e ainda, reafirmou que a ação do guarda foi grave.
“Novamente nós estamos reiterando para que o secretario possa ir lá. Ele possa mandar a grade curricular que capacitou esses policias, para que a gente possa fazer uma análise, pra que a gente possa ajudar. Não tô querendo colocar o guarda municipal como vítima, ali foi algo realmente truculento”, finalizou ele.
Veja a fala de Rosses:
Coronel Rosses crítica David Almeida sobre requerimento com votação na CMM para acesso a informações de secretarias pic.twitter.com/FyFM5L7kSH
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) April 25, 2025