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Parlamentares de governo e oposição acusam coronel das mensagens golpistas de mentir à CPI

Coronel que trocou mensagens golpistas com ex-auxiliar de Bolsonaro recebeu fogo de governistas e oposicionistas na CPI do 08/01.

Em sessão nesta terça, 27, o coronel do Exército, Jean Lawand Júnior, presta depoimento à CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi acusado de mentir à comissão, tanto por parlamentares governistas quanto de oposição.

Lawand foi chamado a depor após a revelação, pela investigação da Polícia Federal, de que ele trocou várias mensagens com Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nessas mensagens, Lawand incentivava Cid a pressionar Bolsonaro a tomar medida contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e impedir a posse de Lula.

Na CPI, ele alegou que “em nenhum momento” falou em golpe de Estado e disse que as mensagens pediam uma manifestação de Bolsonaro para “apaziguar” o país. Ele também admitiu que foi “infeliz” em algumas das suas frases.


Leia mais:

STF autoriza Cid e Lawand a ficarem em silêncio em depoimento à CPI do 8/1

VÍDEO: sessão da CPI de 8 de janeiro é marcada por bate-boca


Em 10 de dezembro de 2022, Lawand escreveu a Cid:

“Cid pelo amor de Deus, o homem tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele, de Divisão pra baixo está”.

À CPI, ele alegou que se tratou de uma conversa com um amigo, e que “não tinha motivação para qualquer tipo de golpe”. Lawand disse:

“Esta colocação minha, eu fui muito infeliz. Sou um simples coronel conversando num grupo de WhatsApp com um amigo. Não tinha comandamento, não tinha condições, não tinha motivação para qualquer tipo de golpe. Essa observação minha foi muito infeliz porque eu não tenho contato com ninguém do alto comando. Então, fui infeliz, me arrependo”.

Ele também afirmou:

“As pessoas estavam tentando entender como aquilo terminaria. A ideia minha desde o começo, desde a primeira mensagem com o tenente-coronel Cid, foi que viesse alguma manifestação para poder apaziguar aquilo, e as pessoas voltarem às suas casas”.

As explicações, no entanto, não convenceram os membros da CPI. O senador oposicionista Marcos Rogério (PL-RO), aliado de Bolsonaro, disse que o coronel “não convence”. Ele declarou:

“Com relação ao coronel Lawand, eu não sei quem lhe orientou, mas de verdade o senhor não convence ninguém. O senhor apequena a sua história, atrofia o sucesso da sua carreira e tenta impor uma narrativa que não para de pé ao menor esforço”.

A relatora da CPI, Eliziane Gama, aliada do governo, disse:

“Me desculpe, coronel, mas não tem sentido [uma resposta dada pelo militar], considerando o conteúdo das suas mensagens”.

O deputado Duarte Junior (PSB-MA) chegou a afirmar que o militar poderia ser o primeiro a “receber voz de prisão” na CPI. E o deputado Rogério Correa (PT-MG) disse categoricamente que Lawand “estava mentindo”.

Relatoria da CPMI deve pedir quebra de sigilo de Lawand.

O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que Mauro Cid também deverá depor à CPI, mas a data de seu comparecimento ainda não foi marcada. Ele terá direito a ficar em silêncio, sob o direito constitucional de não produzir provas contra si mesmo.

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Em sessão nesta terça, 27, o coronel do Exército, Jean Lawand Júnior, presta depoimento à CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi acusado de mentir à comissão, tanto por parlamentares governistas quanto de oposição.

Lawand foi chamado a depor após a revelação, pela investigação da Polícia Federal, de que ele trocou várias mensagens com Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nessas mensagens, Lawand incentivava Cid a pressionar Bolsonaro a tomar medida contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e impedir a posse de Lula.

Na CPI, ele alegou que “em nenhum momento” falou em golpe de Estado e disse que as mensagens pediam uma manifestação de Bolsonaro para “apaziguar” o país. Ele também admitiu que foi “infeliz” em algumas das suas frases.


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“Cid pelo amor de Deus, o homem tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele, de Divisão pra baixo está”.

À CPI, ele alegou que se tratou de uma conversa com um amigo, e que “não tinha motivação para qualquer tipo de golpe”. Lawand disse:

“Esta colocação minha, eu fui muito infeliz. Sou um simples coronel conversando num grupo de WhatsApp com um amigo. Não tinha comandamento, não tinha condições, não tinha motivação para qualquer tipo de golpe. Essa observação minha foi muito infeliz porque eu não tenho contato com ninguém do alto comando. Então, fui infeliz, me arrependo”.

Ele também afirmou:

“As pessoas estavam tentando entender como aquilo terminaria. A ideia minha desde o começo, desde a primeira mensagem com o tenente-coronel Cid, foi que viesse alguma manifestação para poder apaziguar aquilo, e as pessoas voltarem às suas casas”.

As explicações, no entanto, não convenceram os membros da CPI. O senador oposicionista Marcos Rogério (PL-RO), aliado de Bolsonaro, disse que o coronel “não convence”. Ele declarou:

“Com relação ao coronel Lawand, eu não sei quem lhe orientou, mas de verdade o senhor não convence ninguém. O senhor apequena a sua história, atrofia o sucesso da sua carreira e tenta impor uma narrativa que não para de pé ao menor esforço”.

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“Me desculpe, coronel, mas não tem sentido [uma resposta dada pelo militar], considerando o conteúdo das suas mensagens”.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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