A cerimônia de transmissão de cargo do Ministério da Saúde, marcada inicialmente para o dia 6 de março, foi adiada para o dia 10 de março. Segundo o secretário-executivo da pasta, Swedenberger Barbosa, a nova data visa evitar o esvaziamento do evento, que poderia ocorrer devido à proximidade com o Carnaval.
Durante reunião da Comissão de Intergestores Tripartite (CIT), na quinta-feira (27), Swedenberger Barbosa explicou que a alteração de data permitirá maior participação.
“A transmissão de cargo iria ser no dia 6 de março, mas eu estava brincando aqui que o pessoal mais carnavalesco chiou muito. Então vai ficar para o dia 10, dá tempo do pessoal que vai pular o carnaval reduzir a ressaca e fazer-se presente na transmissão de cargo”, afirmou.
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Alexandre Padilha assume o Ministério da Saúde
Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alexandre Padilha substituirá Nísia Trindade no comando da pasta da Saúde. A posse será realizada no Palácio do Planalto e contará com falas do novo ministro e da ministra demitida. O processo de transição teve início na quinta-feira (27) e está ocupando a agenda de Padilha, que também já convidou Ana Estela Haddad para continuar na Secretaria de Informação e Saúde Digital.
Até então, Padilha ocupava o cargo de ministro da Secretaria de Relações Institucionais, pasta responsável pela articulação política do governo. O presidente Lula afirmou que já escolheu o substituto para o cargo e fará o anúncio oficial após conversar com o indicado. Entre os cotados estão a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL).
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Saiba mais:
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Demissão de Nísia Trindade
Desde o início do governo, Nísia Trindade enfrentava pressões para dar um viés mais político ao Ministério da Saúde e acelerar entregas prioritárias para o presidente Lula. As cobranças aumentaram no início deste ano, especialmente em reuniões fechadas no Palácio do Planalto. Nos bastidores, aliados de Nísia lamentaram a falta de apoio das mulheres do governo e do PT para sua permanência no cargo.
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Ao chegar ao ministério após o anúncio da demissão, Nísia foi ovacionada pelos servidores da pasta. Em declaração à imprensa, afirmou que sua saída se deu por uma “mudança de perfil” desejada por Lula. Primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde, ela foi nomeada ainda durante a transição de governo, em dezembro de 2022. Antes, presidiu a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O presidente Lula busca uma nova posição para Nísia Trindade em um organismo internacional de relevância no setor da saúde. Entre as possibilidades estão a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).