Após a aprovação de requerimentos de urgência na última quarta-feira (04/12), a Câmara dos Deputados intensifica as discussões sobre o pacote fiscal, considerado uma prioridade pelo governo federal. Os próximos passos incluem a escolha dos relatores, uma decisão que ainda depende do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Arthur Lira avalia nomes ligados ao Centrão, mas ainda não oficializou os responsáveis pelos pareceres. A expectativa é que a definição ocorra na próxima semana, durante um esforço concentrado para votar as propostas.
A escolha dos relatores é crucial para garantir a tramitação ágil do pacote, que enfrenta resistência no Congresso. A votação de temas fiscais exige articulação entre lideranças partidárias e alinhamento político.
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O que é o pacote fiscal?
O pacote fiscal é composto por três propostas principais:
- Projeto de Lei (PL) – Alterações no arcabouço fiscal.
- Projeto de Lei Complementar (PLP) – Limitação de benefícios tributários.
- Proposta de Emenda à Constituição (PEC) – Restrição de supersalários no serviço público.
Os dois primeiros projetos tiveram urgência aprovada por uma margem apertada, com 260 e 267 votos, respectivamente. A urgência elimina a necessidade de votação em comissões temáticas, acelerando a análise no plenário.
Já a PEC dos supersalários está parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A previsão é que o texto seja apensado a uma proposta similar em estágio mais avançado para garantir votação direta no plenário.
O governo estima que as mudanças poderão gerar uma economia de R$ 70 bilhões até 2026, caso aprovadas. As medidas incluem a revisão de programas sociais e mudanças nas regras fiscais, essenciais para cumprir a meta fiscal e equilibrar as contas públicas.