O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (Progressistas), defendeu em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira (2/5), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indique ainda neste ano quem deverá disputar a eleição presidencial de 2026 pelo seu grupo político. O ex-presidente foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral e está inelegível até 2030.
Ciro Nogueira afirmou que a definição ajudaria nos preparativos para a campanha se o escolhido for alguém que esteja exercendo algum mandato agora, como o de governador.
Ao comentar sobre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que já desponta como pré-candidato pelo União Brasil, Nogueira disse:
“É legítimo o governador Caiado colocar seu nome. Todos sabem que sou favorável à candidatura do presidente Bolsonaro, mas ele está inelegível atualmente. Então, temos que buscar alternativas. Dentro dos Progressistas, temos também a senadora Teresa, que é um nome muito viável. Particularmente, eu acho que qualquer candidato, pra ser viável, tem que ter apoio de Bolsonaro. Acho que vai chegar o momento em que vamos ter que escolher um candidato e que haja uma unificação dos partidos do centro e da direita em torno de um nome, e que esse nome tenha o apoio de Bolsonaro caso ele não possa ser candidato”.
Nogueira continuou:
“É legítimo Bolsonaro tentar ser candidato, ainda há recursos e tramitam nossos projetos de anisitia que são contra o absurdo que ocorreu para torná-lo inelegível. Sinto que a população se arrepende por ter escolhido Lula e não reeleger Bolsonaro. Mas é preciso ter opção, caso ele continue inelegível. Defendo que essa escolha tenha que acontecer até o final do ano, ele é o grande eleitor. Se ele deixar para o próximo ano, é porque vai lutar até o fim pela sua candidatura, ou indicar alguém da sua família”.
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Entenda o caso: Bolsonaro inelegível
Bolsonaro está inelegível desde junho de 2023 quando o Tribunal Superior Eleitoral condenou o ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, pela reunião com embaixadores em que atacou o sistema eleitoral do País, sem apresentar provas. Em outubro do mesmo ano, ele foi condenado mais uma vez, por abuso de poder político durante o feriado de 7 de Setembro em 2022, por usar a data para fazer campanha eleitoral, segundo o entendimento dos magistrados.
Com informações de UOL e Rádio Eldorado.