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Ministério Público investiga ataques racistas contra vereadora de Maués, chamada de chimpanzé

Ministério Público investiga ataques racistas contra vereadora de Maués, chamada de chimpanzé

Ministério Público investiga ataques racistas contra vereadora de Maués, chamada de chimpanzé

Em Maués, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou uma notícia de fato para apurar a possível prática de crimes de racismo e injúria racial contra a vereadora Carla Leite (PSD).

O caso, que ganhou repercussão na mídia local, foi denunciado pelo deputado estadual Ednailson Rozenha (PMB) e pelo vereador local Paulo Rodrigo (Republicanos), com o apoio de outros parlamentares da cidade. O secretário de segurança, Coronel Vinícius Almeida, também comentou sobre o caso em suas redes sociais. Acompanhe:

Segundo os documentos encaminhados à Promotoria de Justiça de Maués, os ataques ocorreram após um pronunciamento da vereadora na tribuna da Câmara Municipal. O perfil “Portal Mundurucania Falante”, hospedado na rede social Facebook, publicou conteúdo comparando a parlamentar a um chimpanzé — caracterização considerada de cunho explicitamente racista.

Veja abaixo o texto:

Perfil chamou vereadora de chimpanzé (Foto: Reprodução)

As denúncias também apontam que os ataques continuaram com a participação de um servidor público, lotado na Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). Em uma nova publicação nas redes sociais, ele teria reiterado as ofensas, contribuindo para a disseminação do conteúdo discriminatório em sites e grupos locais.


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Como diligência inicial, o promotor de Justiça Caio Lúcio Fenelon Assis Barros determinou o envio de ofício à Delegacia de Polícia de Maués para que informe, no prazo de 20 dias, se já foi instaurado inquérito policial para investigar os fatos. Em caso positivo, a Delegacia deve encaminhar cópias das diligências realizadas até o momento, com o objetivo de elucidar o caso e identificar os responsáveis pelas postagens.

“O Ministério Público está atento e atuante no enfrentamento a todas as formas de discriminação racial, garantindo que casos dessa natureza sejam tratados com absoluta prioridade e seriedade”, declarou o promotor.