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Ministro do Trabalho critica juros altos e prevê geração menor de empregos em 2025

Marinho alega que os juros devem gerar mais pressão sobre os empregos brasileiros do que o tarifaço de 50% aplicado pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros
Ministro do Trabalho critica juros altos e prevê geração menor de empregos em 2025

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho
Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que a taxa de juros elevada deve frear a geração de empregos em 2025.

Em entrevista ao Broadcast, ele disse que o saldo de empregos formais deve ficar abaixo do registrado em 2024, quando o Brasil criou 1,7 milhão de vagas com carteira assinada. A projeção mais otimista para este ano, segundo ele, é de 1,5 milhão de novos postos.

Marinho responsabilizou a política monetária pela desaceleração e criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 15%.

“Esse timing foi desnecessário. Já poderia ter iniciado a redução. Paciência, não fizeram”, declarou.

O ministro também cobrou uma postura diferente do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Eu espero que a direção do Banco Central olhe os dados e veja que a economia está desacelerando por conta dos juros. A inflação está sob controle e o dólar em comportamento razoável. Não tem explicação para essa taxa”, reforçou.

Segundo Marinho, os juros terão mais impacto negativo sobre o mercado de trabalho do que as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Ele afirmou que o chamado “tarifaço” atinge setores específicos, enquanto os juros atingem toda a economia.


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Fraudes no Seguro-Defeso

O ministro também comentou sobre os indícios de fraude no Seguro-Defeso do Pescador Artesanal. O número de registros saltou de 1 milhão em 2022 para 1,7 milhão em maio de 2025, com 500 mil novos cadastros desde meados de 2024. Após a adoção de filtros mais rigorosos, 300 mil pedidos foram negados.

Marinho negou que a medida tenha sido motivada por cortes de gastos.

“Não discutimos corte de gastos. O que vamos fazer é separar quem tem direito de quem não tem”, explicou.

*Com informações do Estadão Conteúdo e Broadcast.