A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, será a representante de sua família na posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para o próximo dia 20. Michelle irá acompanhada dos filhos Eduardo e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Eduardo, o filho “número 03” do ex-presidente, é secretário de Relações Internacionais do PL (Partido Liberal) e considerado o principal articulador com partidos e movimentos de direita internacionais.
A presença de Michelle Bolsonaro foi confirmada pelo próprio ex-presidente durante uma entrevista ao portal “Faroeste à Brasileira”. Bolsonaro destacou que sua esposa foi convidada e que receberá um “tratamento especial’.
“No sábado de manhã, aqui do aeroporto de Brasília, tem um voo para os Estados Unidos. Minha esposa vai para lá, ela foi convidada e vai ter um tratamento bastante especial por conta da consideração que o presidente Trump tem para comigo”, afirmou.
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Moraes nega devolução do passaporte de Bolsonaro
A ida de Michelle ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negar o pedido de devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para comparecer à posse de Trump. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também negou devolução do passaporte.
Como justificativa, o STF afirmou que a defesa de Jair Bolsonaro não apresentou um documento oficial comprovando o convite para a posse do Presidente dos Estados Unidos, conforme solicitado em decisão anterior. A defesa apenas reiterou a veracidade de um e-mail não oficial.
Outro ponto levado em consideração foi que a viagem pretendida tinha fins estritamente particulares e não apresentava um interesse público que justificasse a revogação das medidas cautelares. A ausência de necessidade básica ou interesse público relevante foi destacada.
A decisão destacou, que o ex-presidente pode proceder “da mesma maneira como vem defendendo a fuga do país e o asilo no exterior para os diversos condenados com trânsito em julgado pelo plenário do STF, em casos conexos à presente investigação”.
Além disso, o documento ressalta que Bolsonaro manifestou apoio à fuga de outros condenados e à sua permanência no exterior para evitar a aplicação da lei penal.
O documento afirma que permanecem os requisitos de necessidade e adequação para manutenção das medidas cautelares impostas ao investigado.