O Movimento Brasil Livre (MBL) anunciou durante convenção em São Paulo, já ter conseguido todas as assinaturas necessárias para fundar um novo partido político. No total, foram recolhidas 811 mil assinaturas, sendo que duzentas mil já estão disponíveis para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fazer a validação.
A nova legenda recebeu o nome de “Missão” e já tem, inclusive, possíveis indicados para lançar uma candidatura própria à Presidência em 2026. Entre os cogitados está Arthur do Val, ex-deputado estadual que teve o mandato cassado em 2022 pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), após comentários proferidos sobre mulheres ucranianas, enquanto esteve no país durante a guerra. O outro possível nome é o empresário Cristiano Beraldo.
O coordenador do MBL e fundador do Missão, Renan Santos, diz que a ideia é que o partido seja criado e comece a atuar em 2025, para já participar das eleições para o Congresso, governos e Presidência.
Renan Santos afirmou à CNN que “ex-bolsonaristas com bom coração poderão ser aceitos” no partido, mas que não aceitará “ninguém que defenda” o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ligado à sigla.
O novo partido, que se alinhará com a direita brasileira, conforme diz Renan Santos, defenderá o “endurecimento das leis penais”, o “fim dos privilégios do funcionalismo, como os supersalários”, a “industrialização do nordeste”, a “guerra contra o tráfico de drogas”, o “respeito à responsabilidade fiscal”, a educação básica como prioridade e o combate à corrupção.
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O TSE fixa que é necessário um total de 547 mil assinaturas para ser possível criar uma nova sigla.
Para poder ser instituído, um partido precisa, em primeiro momento, possuir uma elaboração do programa e do estatuto da agremiação pelos fundadores, que devem ser, no mínimo “101 eleitores em pleno exercício dos direitos políticos e com domicílio eleitoral em pelo menos um terço dos estados brasileiros”, de acordo com o TSE.
*Com informações da CNN Brasil