A Marinha do Brasil excluiu de suas redes sociais um vídeo que questionava a existência de privilégios para os militares. O material havia sido publicado no último dia 1º de dezembro, como parte das comemorações do Dia do Marinheiro, celebrado em 13 de dezembro. No entanto, a divulgação gerou críticas, inclusive no Palácio do Planalto, e foi considerada “fora de timing” pelo governo.
A publicação do vídeo ocorreu logo após o anúncio do pacote de corte de gastos por parte do governo federal. Entre as medidas, destaca-se a definição da idade mínima de 55 anos para que os militares possam entrar na reserva remunerada. Atualmente, a regra exige 35 anos de serviço, mas a partir de 2032 será necessário cumprir ambas as exigências.
A equipe econômica defende que a medida visa fortalecer as regalias e equilibrar as contas públicas, mas a proposta gerou forte resistência na cúpula das Forças Armadas.
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Segundo a CNN, a veiculação do material causou desconforto no governo e foi alvo de críticas públicas, como as da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que classificou o vídeo como um “grande erro” em suas redes sociais. Também nas plataformas sociais, usuários, especialmente no X (antigo Twitter), reagiram negativamente ao conteúdo, possivelmente gerando pressão para sua exclusão.
Ainda na rede X, o vídeo ganhou nota da comunidade, um sistema de checagem comunitária dos próprios usuários.
“O vídeo apresentado não reflete a realidade. Os militares da Marinha recebem benefícios e salários superiores à média da população brasileira. Por outro lado, grande parte dos brasileiros enfrenta jornadas de trabalho longas e exaustivas, com pouco tempo para descanso”, diz a nota.
Veja o vídeo postado pela Marinha: