O ex-candidato a prefeito de Manaus, Marcelo Ramos (PT), planeja voltar ao Congresso Nacional, mas não mais como deputado federal. Nas eleições de 2026, se depender dele e tiver o aval do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ramos afirmou, nesta segunda-feira (28/10), que concorrerá para o Senado.
O petista vai disputar uma das duas cadeiras que ficarão vagas para o Amazonas, com o fim dos mandatos dos senadores Eduardo Braga (MDB-AM), que já está no segundo consecutivo, e Plínio Valério (PSDB-AM), que poderá tentar a reeleição. A outra cadeira a que o Estado tem direito no Senado permanecerá com Omar Aziz (PSD-AM), reeleito em 2022, para um mandato de mais oito anos.
Nesta segunda-feira, Marcelo Ramos abriu uma caixinha de perguntas para os seus seguidores no Instagram. E quando questionado se pretendia lançar candidatura a deputado federal ou senador, foi categórico na resposta.
“Não pretendo ser candidato a deputado. Se depender da minha vontade, serei candidato a senador, mas faço parte do projeto [político] do presidente Lula e farei o que for melhor para esse projeto”, escreveu Ramos, que em 2022 perdeu a reeleição para a Câmara dos Deputados.
Leia mais:
Marcelo Ramos declara que não vai apoiar nenhum dos candidatos no 2º turno para prefeitura de Manaus
Em outro questionamento nos stories da rede social, o ex-deputado federal garantiu que continuará filiado ao Partido dos Trabalhadores na próxima eleição, daqui a dois anos. Em 2024, Marcelo Ramos trocou o PSD, do amigo Omar Aziz, pelo PT para atender um pedido de Lula que o indicou como candidato da legenda para disputar o pleito à Prefeitura de Manaus.
Nas eleições municipais deste ano, Ramos saiu derrotado nas urnas, quando terminou em 5º lugar no primeiro turno. E sobre as especulações de ser mais de centrão do que de esquerda, ele rebateu. Em relação aos “temas de economia e de costumes”, Marcelo Ramos disse não ter a “visão da esquerda ortodoxa”.
“Eu acho que tem gente que não percebeu que o mundo mudou e que os conceitos estáticos do passado de direita e esquerda já não são suficientes para definir as pessoas e as suas lutas. Tem gente que não entende que existem lutas de natureza civilizatória: o direito ao trabalho, a comida, ao meio ambiente, a segurança, a liberdade. Eu vivo para lutar por esses direitos, chamem do que quiser. Sou de esquerda nesses temas essenciais. Mas não posso dizer que tenho a visão da esquerda ortodoxa nos temas de economia e de costumes”, explicou.