Os deputados Serafim Corrêa (PSB) e Sinésio Campos (PT) alertaram, nesta quinta-feira (26), sobre a nova tentativa do empresário Carlos Suarez, sócio majoritário da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), de dominar o segmento de térmicas movidas pelo insumo.
Após a abertura de leilão, anunciada pelo Ministério de Minas e Energia, para construção de usinas térmicas na região Norte, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) sugeriu que 60% das estruturas sejam instaladas no Amapá. De acordo com a Abegás, a iniciativa visa evitar a reincidência de apagões como os ocorridos há dois anos no estado, onde não vigora a nova Lei do Gás.
A medida, aprovada em março de 2021, regulamenta o serviço de distribuição e comercialização do insumo no Amazonas, e dificulta o controle de Suarez no estado. Para Serafim Corrêa, o argumento apresentado pela Abegás não se sustenta, já que os cortes no fornecimento foram causados por erros de distribuição e transmissão.
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“Ele (Suarez) é controlador da empresa de gás no Amapá. Faço uma alerta para que a Cigás se contraponha a isso, que os investimentos venham para o Amazonas e não para o Amapá. Lá, afinal de contas, só tem um vencedor: o sr. Surez”, afirmou. “Ele não quer aqui, porque pelas novas regras ele perdeu o controle que tinha.
Serafim lembrou que o Amazonas tem as maiores reservas de gás em terra firme, mas o setor ainda não contribuiu para o desenvolvimento da economia local.
O deputado Sinésio Campos (PT) avalia que, caso a sugestão da entidade seja acatada, há risco de perda de emprego e renda no Amazonas. “Quebramos o monopólio do gás no Amazonas (com a nova lei). Agora, o Carlos Suarez retoma com voracidade a Amazônia nessa nova formatação”.
Da redação, com informações de assessoria