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VÍDEO: Silas Malafaia diz que PL da Dosimetria é “vergonhoso” e sai em defesa da anistia ampla

A insatisfação surgiu após a sinalização de que um acordo institucional pode limitar o texto a uma simples redução de penas
VÍDEO: Silas Malafaia diz que PL da Dosimetria é “vergonhoso” e sai em defesa da anistia ampla

(Foto: reprodução)

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e figura de destaque no bolsonarismo atualmente, fez duras críticas nesta sexta-feira (19/9) à participação do ex-presidente Michel Temer (MDB) nas articulações sobre o relatório do projeto da anistia, que será elaborado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Segundo Malafaia, não deveria haver consulta a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da proposta.

A insatisfação surgiu após a sinalização de que um acordo institucional pode limitar o texto a uma simples redução de penas, em vez de conceder uma anistia ampla.

Na quarta-feira (18/9), Paulinho da Força se reuniu com Temer e com o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), em encontro que contou ainda com a participação remota do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Durante as discussões, ministros do STF também foram acionados por telefone.

Malafaia ironizou a atuação de Temer:

 “Só pode ser piada chamar Temer de ‘constitucionalista’. Quer dizer que precisa de acordo do STF e do Executivo para uma anistia? E a Constituição, senhor constitucionalista, foi jogada na lata do lixo? Um constitucionalista falando uma asneira dessas? Uma dosagem de penas compete ao STF, não ao Congresso. Se eles erraram, que reduzam as penas pela covardia, pelo erro e pela perseguição política”, afirmou.

Em outro momento, o pastor acusou ministros do Supremo de agirem por “vaidade” e defendeu uma anistia ampla, geral e irrestrita.

“Rasgam a Constituição a seu bel-prazer por interesses vergonhosos. Isso é uma vergonha! Anistia ampla, geral e irrestrita é que tem que ser dada”, declarou.

Veja um trecho do vídeo:


Saiba mais:


Após os primeiros diálogos, Paulinho da Força confirmou que o projeto não tratará mais de anistia total, mas sim de redução de penas. O novo texto, que deve beneficiar apenas manifestantes do 8 de Janeiro, será chamado de Projeto da Dosimetria. Nesse cenário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não seria contemplado.

Malafaia recordou a anistia de 1979 para justificar seu posicionamento:

“Foi uma anistia ampla, geral e irrestrita para a esquerda, guerrilheiros, assaltantes de bancos e gente que queria dar um golpe comunista no Brasil. E agora essa esquerda vagabunda é contra. O artigo 48 da Constituição diz que é competência exclusiva do Congresso conceder anistia, sem precisar de aval do Executivo ou do Judiciário”, concluiu.