Após alguns dias despachando o Palácio da Alvorada devido a uma queda que ocorreu no atendimento médico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna ao Palácio do Planalto nesta sexta-feira (25/10) para a assinatura do acordo de repactuação dos danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), ocorrido em 2015.
A cerimônia, que marca o retorno de Lula aos eventos públicos, contará com a presença de importantes autoridades, incluindo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Também foram convidados membros do judiciário mineiro e representantes de movimentos das vítimas.
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O novo acordo, avaliado em R$ 170 bilhões, contempla pagamentos já realizados pela Samarco e suas ações, Vale e BHP, além de novas obrigações. A tragédia deixou um rastro de destruição com 19 mortes, centenas de desabrigados e danos ambientais extensos ao Rio Doce, impactando a região até o litoral do Espírito Santo. Estima-se que cerca de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos atingiram plantações e florestas e poluíram a bacia hidrográfica local.
Na quinta-feira (24), o ministro Luís Roberto Barroso determinou que o procedimento de homologação do acordo fosse transferido do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) para o STF, conferindo maior peso à decisão. O acordo representa uma tentativa de avanço nas reparações após anos de negociações e cobranças da sociedade civil, que ainda sofre com os impactos da tragédia.