O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se posicionar contra a propagação de fake news sobre seu governo no Brasil. Durante evento de lançamento do Programa Solo Vivo, neste sábado (24/5), no Mato Grosso, Lula afirmou que é preciso impedir que a “canalhice” e a “mentira” tomem conta do país.
A declaração foi feita enquanto o petista anunciava novas medidas do governo, entre elas um programa para baratear o preço do gás de cozinha, que deverá ser lançado ainda neste mês.
“O mês que vem eu vou fazer política nesse país. Mês que vem vou começar a andar esse país porque acho que chegou a hora de a gente assumir a responsabilidade e não permitir que a mentira, a canalhice e a fake news ganhe espaço, e que a verdade seja soterrada nesse país”, afirmou.
Veja o trecho do discurso:
Lula diz que vai viajar pelo Brasil para combater “canalhice” e “fake news” pic.twitter.com/T7LHavG0ce
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) May 25, 2025
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Lula defende regulamentação das redes sociais
Em sua fala, o presidente destacou que garantir que a verdade se sobreponha à mentira é sua “obrigação moral”.
Lula voltou a defender a regulamentação das redes sociais, apontando que há necessidade de estabelecer responsabilidades para as plataformas digitais, assim como já ocorre em outros setores da sociedade.
“É preciso que a gente discuta com o Congresso Nacional a responsabilidade de regular o uso das empresas. Não é possível que tudo tenha controle, menos as empresas de aplicativos”, disse Lula.

Governo Lula enfrenta crise após aumento do IOF
As declarações do presidente ocorrem em meio a uma semana de crise para o governo federal, após a publicação de uma medida econômica que gerou intensa repercussão negativa. Na quinta-feira (22/5), o governo Lula anunciou o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para empresas, operações de câmbio e planos de seguros usados como investimento.
O mercado financeiro reagiu de forma negativa à medida, que foi interpretada por agentes do setor como um mecanismo indireto de controle cambial. A decisão gerou desconfiança e fortes críticas, principalmente, nas redes sociais.
Diante da repercussão, o governo recuou e revogou parte do decreto poucas horas depois da sua publicação.
O episódio foi comparado à chamada “crise do Pix”, ocorrida em janeiro deste ano, quando a Receita Federal publicou uma portaria atualizando regras para o monitoramento de movimentações financeiras. Na ocasião, a medida também provocou reação negativa e o governo precisou agir para conter a insatisfação.
Primeira-dama Janja também é alvo de críticas
Outro episódio recente que gerou desgaste para o governo Lula envolveu a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.
Durante uma viagem oficial à China, Janja foi criticada após uma suposta quebra de protocolo em jantar com o presidente chinês Xi Jinping.

De acordo com relatos que circularam nas redes sociais, a primeira-dama teria pedido a palavra durante o jantar, apesar de o protocolo não prever falas no evento.
Durante sua intervenção, Janja criticou os algoritmos do TikTok, uma das maiores redes sociais do mundo, cujo controle está sob a empresa chinesa ByteDance.