O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na manhã desta segunda-feira (4/12) com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, no Palácio Bellevue, em Berlim. A visita ocorreu após a conferência climática da Organização das Nações Unidas (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Este é o primeiro encontro a nível de governo entre Brasil e Alemanha em oito anos, em uma tentativa de reforçar os laços entre os dois países. Em sua conta no X, antigo Twitter, o presidente disse que foram discutidos os avanços na economia, investimentos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), proteção ambiental e presidência do Brasil no G20.
Reunião com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, onde conversamos com ministro @Haddad_Fernando sobre os avanços na economia e com @costa_rui sobre os investimentos do Novo Pac. Também falamos da retomada da proteção ambiental com a ministra @MarinaSilva e com o ministro… pic.twitter.com/eVNTUnIkDJ
— Lula (@LulaOficial) December 4, 2023
A agenda divulgada pelo Planalto para esta segunda-feira prevê a participação de Lula em reunião entre ministros da Alemanha e do Brasil. A expectativa é que as autoridades assinem cerca de 20 acordos bilaterais, relativos ao meio ambiente e mudança climática, agricultura, bioeconomia, saúde, ciência, tecnologia e inovação, desenvolvimento global, integridade da informação e combate à desinformação.
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A Alemanha é o principal parceiro comercial do Brasil na Europa e o quarto parceiro comercial brasileiro no mundo, depois da China, Estados Unidos e Argentina. Ambos os países pressionam por um acordo comercial rápido entre a União Europeia e o Mercosul, o principal bloco comercial da América do Sul, presidido atualmente pelo Brasil, por ora travado.
Cooperação energética
Segundo o Planalto, as agendas da comitiva brasileira na Alemanha, que devem se estender até esta terça-feira (05/12), vão definir os “novos passos da relação entre Brasil e Alemanha”.
Uma das pautas em Berlim foi a criação de um comitê misto entre Brasil e Alemanha para transformação ecológica, que terá representantes designados por ambos os países e fará reuniões periódicas nas duas nações.
O acordo foi assinado pelo ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad (PT), e pelo ministro dos Assuntos Econômicos e de Ação Climática alemão, Robert Habeck. Os dois países concordaram em promover mudanças nas suas matrizes energéticas.
O acordo tem como objetivo traçar estratégias para que as duas nações se adequem à Agenda 2030, o plano da ONU com diretrizes para promover a sustentabilidade, e ao Acordo de Paris, que visa evitar que o aquecimento global passe de 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.
A Alemanha é um dos países europeus com objetivos ambientais mais ambiciosos, com uma meta de descarbonização até 2050 e de reduzir as emissões de gases poluentes em 65% até 2030, em relação aos níveis de 1990.