O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ser reunir, nesta terça-feira (03/09), com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir o agravamento da crise na Venezuela, desencadeado pela ordem de prisão contra o candidato oposicionista Edmundo González. A decisão da Justiça venezuelana, impulsionada por um pedido do Ministério Público local, gerou forte reação nos bastidores do governo brasileiro, sendo considerada “inaceitável” e um “péssimo sinal” por assessores próximos ao presidente.
A crescente apreensão em Brasília está centrada na escalada autoritária do governo de Nicolás Maduro. Diante disso, o governo brasileiro estuda a possibilidade de emitir uma nota oficial ainda nesta terça-feira, manifestando preocupação com o aumento das tensões no país vizinho. No entanto, a condução dessa resposta apresenta um desafio complexo para o Palácio do Planalto e o Itamaraty.
Embora o Brasil pretenda demonstrar sua insatisfação com os recentes movimentos de Maduro, o governo busca evitar um isolamento internacional ainda maior da Venezuela. A estratégia não inclui, por exemplo, declarar a Venezuela uma ditadura ou reconhecer González como presidente legítimo. A prioridade é manter as linhas de comunicação abertas com o governo de Maduro, evitando rompimentos bruscos que possam prejudicar a diplomacia brasileira e a estabilidade regional.
Com informações da CNN
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