O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deixou, nesta segunda-feira (21), o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após ter se internado para fazer uma laringoscopia para retirada de leucoplasia da prega vocal esquerda, uma lesão na laringe. O procedimento mostrou ausência de neoplasia (câncer).
Lula teve alta nesta segunda-feira (21), às 7h45, e foi acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelos especialistas Roberto Kalil Filho, Artur Katz, Rubens Brito, Rui Imamura e Luiz Paulo Kowalski.
De acordo com a assessoria do petista, a próxima agenda do petista será na quarta-feira (23), quando irá a Brasília para participar de uma reunião da equipe de transição de governo no Centro Cultural Banco do Brasil e que deverá analisar a questão da privatização dos Correios.
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O que está em jogo
O ex-ministro Paulo Bernardo, da equipe de transição de governo na área de comunicações, afirmou que o grupo vai propor o fim do processo de privatização dos Correios.
“Nós vamos fazer um levantamento e recomendar. A nossa ideia é recomendar, acabar com essa ideia de privatizar os Correios. A gente mais ou menos antevê o que o presidente pensa sobre isso”, afirmou Bernardo, sinalizando concordância de Lula com a interrupção do processo.
A desestatização da empresa pública federal foi uma iniciativa do governo Jair Bolsonaro e dependia de aprovação pelo Congresso Nacional. O projeto que tira o controle público da companhia chegou a ser aprovado na Câmara dos Deputados em agosto de 2021 e, desde então, está parado no Senado.
Bernardo informou que o grupo técnico sobre as comunicações marcou uma reunião com integrantes dos Correios para a próxima semana.
EBC no jogo
O ex-ministro ainda comentou a provável mudança na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com a revogação do processo de unificação das programações da TV Brasil e da antiga NBR (atual TV Brasil Gov). A ideia é retomar o modelo que vigorava até o início de 2019, com operações separadas entre as duas emissoras.
“A EBC tinha uma vertente que é a TV pública [TV Brasil] e tinha a vertente de comunicação do governo, a chamada NBR. E foi tudo juntado. Eles pararam de ter essa separação, e foi juntado numa única empresa. Achamos que tem que separar. Acho que é só revogar, porque foi feito por decreto”, destacou.