Lula diz que impasse entre Brasil e EUA será resolvido: “não queremos estar mal com nenhum país”

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos deve ser resolvido. A declaração foi feita nesta quinta-feira (9/10) durante o lançamento da fábrica da montadora chinesa BYD, na Bahia, após uma conversa telefônica com o presidente norte-americano, Donald Trump, ocorrida na segunda-feira (6/10).
Segundo Lula, o diálogo tratou do tarifaço imposto pelos EUA a produtos brasileiros. O presidente disse acreditar em uma solução próxima e reforçou que o Brasil busca manter boas relações com todos os países.
“Eu tive uma conversa com Trump na segunda-feira e acho que também o problema com os Estados Unidos vai ser resolvido, porque a gente quer estar bem com a China, com os Estados Unidos, com Argentina, com o Uruguai. Não queremos estar mal com nenhum país”, afirmou.
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O presidente destacou ainda que o Brasil defende o multilateralismo e que as recentes tarifas americanas se basearam em “premissas incorretas”.
“O que nós queremos é estabelecer uma relação estabilizada com o mundo, é por isso que nós defendemos o multilateralismo. É por isso que nós não concordamos com os Estados Unidos de taxar os produtos brasileiros com base em coisas que não eram verdadeiras”, completou.
Lula informou que Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para conduzir as tratativas sobre o tema. De acordo com o presidente, Rubio já entrou em contato com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para dar continuidade às negociações.
“Ainda ontem, a pessoa que ele indicou, o Marco Rubio, ligou para o ministro Mauro Vieira. Talvez comece a ter conversa a partir de agora e vamos ver se a gente consegue se acertar”, disse Lula em entrevista à Rádio Piatã.
O Itamaraty confirmou, em nota, que o telefonema entre os dois líderes foi realizado nesta quinta-feira (9/10).
Durante o evento da BYD, Lula também destacou a importância de diversificar as exportações brasileiras e fortalecer laços com a China. “A gente não quer parar de exportar commodities, mas quer exportar inteligência, conhecimento e valor agregado”, afirmou o presidente.
(*) Com informações da CNN Brasil
