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Lula compara ataques de Israel em Gaza com atos de Hitler e Netanyahu reage

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou neste domingo (18/2) os ataques de Israel na Faixa de Gaza, que classificou como ‘genocídio’, às mortes no Holocausto , com o extermínio de judeus pelo governo nazista de Adolf Hitler na Alemanha.

“O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula.

As declarações foram feitas durante entrevista a jornalistas no hotel em que Lula está hospedado em Adis Abeba, a capital da Etiópia. O presidente, que retorna hoje ao Brasil, foi convidado para discursar, no último sábado, na sessão de abertura da cúpula da União Africana. Ele também teve reuniões bilaterais com líderes do continente e com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh. No encontro, ele criticou tanto Israel quanto o Hamas.

 

Primeiro-ministro reage

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, neste domingo (18), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “cruzou uma linha vermelha” em suas declarações mais recentes sobre a guerra na Faixa de Gaza.

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, publicou Netanyahu no X (antigo Twitter).

Manifestações

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) repudiou as declarações de Lula. Para o Conib, trata-se de “distorção perversa da realidade” que “ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.

O presidente fez a declaração comparando o desastre humanitário em Gaza com o Holocausto no momento em que criticava países ricos que suspenderam o financiamento à agência da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês), após a denúncia do governo israelense de que funcionários do órgão haviam participado do ataque terrorista do Hamas a Israel em outubro do ano passado.

No fim de janeiro, oito países — Austrália, Reino Unido, Canadá, Itália, Suíça, Holanda, Alemanha e Finlândia — se juntaram aos Estados Unidos na suspensão temporária do financiamento em um momento em que a falta de recursos aumenta no enclave. A UNRWA, por sua vez, anunciou que iria iniciar uma investigação e afastou “vários” acusados.

“Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar contribuição para a questão humanitária aos palestinos, fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio. Não é uma guerra entre soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças. Se teve algum erro nessa instituição que recolhe dinheiro, apura-se quem errou, mas não suspenda a ajuda humanitária para um povo que está há décadas tentando construir o seu Estado”, afirmou Lula, na coletiva de imprensa na Etiópia.

“Não posso dizer quanto porque não é o presidente que decide, preciso ver quem dentro do governo cuida disso para saber quanto vai dar, mas também vamos defender na ONU a definição de um Estado palestino reconhecido definitivamente como pleno e soberano. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem que ser grande”, afirmou.

 


Veja mais:

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Lula comenta morte de Navalny

O presidente também comentou a morte de Alexei Navalny, principal opositor do presidente russo Vladimir Putin, que morreu aos 47 anos na prisão. Lula afirmou que é preciso aguardar a investigação para saber a causa da morte antes de se manifestar.

Segundo o Serviço Penitenciário Federal russo, Navalny morreu na última sexta-feira após sentir-se “mal em uma caminhada, perdendo quase imediatamente a consciência”.

A família de Navalny tenta receber os restos mortais, mas sem sucesso. Neste sábado, autoridades russas afirmaram que ainda era preciso ‘fazer mais exames’.

“Eu acho que, por uma questão de bom senso (não havia me pronunciado). Se a morte está sob suspeita, você tem que primeiro fazer uma investigação para saber do que o cidadão morreu. Vamos acreditar que os médicos legistas vão dizer: o cara morreu disso ou daquilo, para você poder fazer um pré-julgamento. Porque se não você julga agora que foi alguém que mandou matar e não foi, depois você vai pedir desculpas”, afirmou Lula questionado sobre o motivo pelo qual o governo brasileiro não havia se manifestado sobre a morte de Navalny.

O presidente afirmou que não se pode ter pressa para acusar pessoas e comparou o caso com a morte da vereadora Marielle Franco, executada em 2018 no Rio de Janeiro, sem que até agora se saiba oficialmente o mandante do crime, investigado pela Polícia Federal. Em conversa com jornalistas na Etiópia, Lula afirmou ainda que se antecipar à causa da morte seria “banalizar uma acusação”.

“Ou é banalizar uma acusação. Eu até compreendo os interesses de quem acusa imediatamente, ‘foi fulano’, mas não é o meu mote. Espero que o legista que vai fazer o exame indique do que o cidadão morreu”, disse o presidente.

Fonte: O Globo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou neste domingo (18/2) os ataques de Israel na Faixa de Gaza, que classificou como ‘genocídio’, às mortes no Holocausto , com o extermínio de judeus pelo governo nazista de Adolf Hitler na Alemanha.

“O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula.

As declarações foram feitas durante entrevista a jornalistas no hotel em que Lula está hospedado em Adis Abeba, a capital da Etiópia. O presidente, que retorna hoje ao Brasil, foi convidado para discursar, no último sábado, na sessão de abertura da cúpula da União Africana. Ele também teve reuniões bilaterais com líderes do continente e com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh. No encontro, ele criticou tanto Israel quanto o Hamas.

 

Primeiro-ministro reage

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, neste domingo (18), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “cruzou uma linha vermelha” em suas declarações mais recentes sobre a guerra na Faixa de Gaza.

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”, publicou Netanyahu no X (antigo Twitter).

Manifestações

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) repudiou as declarações de Lula. Para o Conib, trata-se de “distorção perversa da realidade” que “ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.

O presidente fez a declaração comparando o desastre humanitário em Gaza com o Holocausto no momento em que criticava países ricos que suspenderam o financiamento à agência da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês), após a denúncia do governo israelense de que funcionários do órgão haviam participado do ataque terrorista do Hamas a Israel em outubro do ano passado.

No fim de janeiro, oito países — Austrália, Reino Unido, Canadá, Itália, Suíça, Holanda, Alemanha e Finlândia — se juntaram aos Estados Unidos na suspensão temporária do financiamento em um momento em que a falta de recursos aumenta no enclave. A UNRWA, por sua vez, anunciou que iria iniciar uma investigação e afastou “vários” acusados.

“Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar contribuição para a questão humanitária aos palestinos, fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio. Não é uma guerra entre soldados. É uma guerra entre um exército altamente preparado e mulheres e crianças. Se teve algum erro nessa instituição que recolhe dinheiro, apura-se quem errou, mas não suspenda a ajuda humanitária para um povo que está há décadas tentando construir o seu Estado”, afirmou Lula, na coletiva de imprensa na Etiópia.

“Não posso dizer quanto porque não é o presidente que decide, preciso ver quem dentro do governo cuida disso para saber quanto vai dar, mas também vamos defender na ONU a definição de um Estado palestino reconhecido definitivamente como pleno e soberano. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem que ser grande”, afirmou.

 


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A família de Navalny tenta receber os restos mortais, mas sem sucesso. Neste sábado, autoridades russas afirmaram que ainda era preciso ‘fazer mais exames’.

“Eu acho que, por uma questão de bom senso (não havia me pronunciado). Se a morte está sob suspeita, você tem que primeiro fazer uma investigação para saber do que o cidadão morreu. Vamos acreditar que os médicos legistas vão dizer: o cara morreu disso ou daquilo, para você poder fazer um pré-julgamento. Porque se não você julga agora que foi alguém que mandou matar e não foi, depois você vai pedir desculpas”, afirmou Lula questionado sobre o motivo pelo qual o governo brasileiro não havia se manifestado sobre a morte de Navalny.

O presidente afirmou que não se pode ter pressa para acusar pessoas e comparou o caso com a morte da vereadora Marielle Franco, executada em 2018 no Rio de Janeiro, sem que até agora se saiba oficialmente o mandante do crime, investigado pela Polícia Federal. Em conversa com jornalistas na Etiópia, Lula afirmou ainda que se antecipar à causa da morte seria “banalizar uma acusação”.

“Ou é banalizar uma acusação. Eu até compreendo os interesses de quem acusa imediatamente, ‘foi fulano’, mas não é o meu mote. Espero que o legista que vai fazer o exame indique do que o cidadão morreu”, disse o presidente.

Fonte: O Globo

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