Durante evento na Refinaria Duque de Caxias (RJ), nesta sexta-feira (4/7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente os postos de combustíveis que não repassam à população as reduções anunciadas pela Petrobras. Ele cobrou uma atuação mais firme dos órgãos de fiscalização para garantir que o consumidor pague um preço justo.
“Não faz sentido a Petrobras reduzir o preço da gasolina ou do diesel e o consumidor continuar pagando o mesmo valor na bomba. Se a empresa anuncia um centavo de desconto, esse centavo tem que chegar na ponta”, afirmou o presidente.
Lula destacou que o botijão de gás vendido pela Petrobras a R$ 37 pode custar até R$ 140 nas revendedoras, e questionou: “Quem está ganhando tanto em cima disso?”.
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O presidente também mencionou que, mesmo com os combustíveis atualmente mais baratos do que no início de seu mandato, parte do mercado continua mantendo os preços altos, ignorando a deflação no setor. Ele apelou para a atuação de órgãos como a Senacon, ANP, Procons, Cade e Polícia Federal na fiscalização dessa prática.
Lula ainda rebateu críticas sobre suposta interferência no mercado:
“Se interferir significa baixar o preço da comida e dos combustíveis para o povo, então eu vou interferir, sim. Isso é garantir dignidade.”
O discurso aconteceu durante o anúncio de mais de R$ 33 bilhões em investimentos da Petrobras no estado do Rio de Janeiro, voltados à modernização do setor de refino e petroquímica. Segundo Lula, a empresa continuará explorando petróleo, mas com responsabilidade ambiental e foco na transição energética.
“Vamos usar a riqueza do petróleo para financiar o futuro. Não podemos abrir mão desse recurso sem garantir que ele beneficie primeiro o povo brasileiro”, finalizou.