As eleições municipais de 2024 terão início em 6 de outubro, primeiro domingo do mês. O segundo turno, caso necessário, está previsto para 27 de outubro nas cidades com mais de 200 mil eleitores, desde que nenhum candidato tenha atingido maioria absoluta. Entretanto, para os principais partidos brasileiros, o processo eleitoral municipal começa muito antes de outubro.
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O Portal Metrópoles conversou com porta-vozes das alas jovens do Partido Liberal (PL) e do Partido dos Trabalhadores (PT) para entender como a polarização política é alimentada pela juventude brasileira e como o PL Jovem (PLJ) e o Juventude do PT (JPT) se preparam para a disputa eleitoral de 2024.
“O papel dos jovens é um dos mais primordiais no desenvolvimento da política, porque ela é algo que está sempre em renovação. Se os jovens não acreditarem na política, não militarem em prol da democracia, independentemente da ideologia e ideias, não teremos a renovação do ideal democrático”, alerta Rubens Beçak, professor associado de Direito Constitucional, Teoria do Estado e Direitos Humanos, da Universidade de São Paulo (USP).
Polarização política
Para o professor Rubens Beçak, em quase 40 anos de redemocratização, o Brasil esteve dividido. “Durante quase todo esse período, o país esteve polarizado entre PT e PSDB e, há cinco anos, nas eleições de 2018, houve o fenômeno Bolsonaro.”
“Na minha opinião, não é exatamente o PL, mas o fenômeno que se abrigou no PL, de um conservadorismo muito emblemático”, continua o especialista. “O que acontece no Brasil é que quem vestiu a camisa da representação desse ideal de ‘direita’ é o bolsonarismo, e acho que isso deve prosseguir em vários municípios brasileiros”, avalia Beçak.
Para Carmelo Neto, um dos motivos para essa polarização são as diferentes pautas defendidas por cada partido e a identificação do público com cada uma delas. Para Nádia Garcia, a própria estrutura dos processos eleitorais no Brasil acaba por incentivar a polarização.
De acordo com Carmelo, as principais pautas defendidas pelo PL são a seguridade da vida desde a concepção, a propriedade privada, o direito à legítima defesa, a não legalização das drogas e um Estado menos interventor.
Segundo Nádia, as principais pautas defendidas pelo PT são os direitos trabalhistas e sociais, o acesso à educação pública, gratuita e de qualidade, salário justo e direitos dos trabalhadores resguardados, moradia, acesso à transporte público, alimentação, liberdade de gênero e poder de compra e consumo.
*Com informações do Metrópoles