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Governo Lula vai criar “autoridade federal” no RS para coordenar ações da União

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira (14/05) que o governo federal nomeará uma “autoridade federal” no Rio Grande do Sul enquanto durar a calamidade pública no estado, assolado por enchentes desde o dia 29 de abril. A ideia é que, até o fim da crise, o representante indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possa centralizar o auxílio da máquina federal e o socorro da União ao estado.

“O presidente anunciou que pretende colocar alguém para representar, pelo menos durante os primeiros meses, o governo federal”, disse Rui Costa, em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews.

A estratégia é que a autoridade coordene uma estrutura administrativa das ações federais na região. Os detalhes serão anunciados durante visita do presidente Lula ao estado, prevista para esta quarta-feira (15/05), quando serão anunciadas novas medidas de ajuda à população gaúcha.

A expectativa é que seja anunciada também a criação de um auxílio financeiro temporário para as pessoas afetadas pela catástrofe climática. O valor não foi informado oficialmente.

A formatação do novo cargo de autoridade federal no RS está sendo trabalhada pela Advocacia-Geral da União (AGU).


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Balanço

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou, até esta terça-feira (14/05), um total de 148 mortes em decorrência das chuvas e enchentes. O estado tem, ainda, 124 pessoas desaparecidas, segundo boletim divulgado às 12h.

O total de desalojados pelas enchentes chega a 538.545 pessoas. E os efeitos dos temporais já são sentidos por dois em cada dez moradores do Rio Grande do Sul.

O mais recente boletim aponta que 2.124.203 de pessoas são afetadas pelas chuvas, do total de 10,88 milhões de habitantes do estado, conforme apurado no Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que corresponde a 19,47% da população.

Em todo o estado, 89,7% do total de 497 municípios sofrem direta ou indiretamente com as consequências dos eventos climáticos. O número chega a 446 cidades atingidas.

Na manhã desta terça-feira, os mais de 700 abrigos criados no estado acomodavam 76.884 pessoas que tiveram que abandonar seus imóveis temporariamente ou em definitivo, devido ao comprometimento das estruturas locais ou falta de acesso. O número é ligeiramente inferior ao número de pessoas que estavam em alojamentos nesta segunda-feira (13), conforme o boletim das 17h (de Manaus), divulgado pela Defesa Civil estadual. Naquele momento, eram 77.405 pessoas fora de suas casas.

*Com informações da Agência Brasil e O Globo.

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