O deputado federal Pauderney Avelino (União Brasil) já deixou claro que assim que o texto que trata do fim da reeleição chegar à Câmara dos Deputados, vai votar favorável para o tema. A declaração aconteceu em entrevista ao Programa Meio Dia com Jefferson Coronel, nesta quarta-feira (21/5) transmitido pela Rede Onda Digital.
“Eu vou votar a favor do fim da eleição, porque esse instrumento se mostrou danoso para a gestão pública. Porque um prefeito, um governador e o presidente da república, com o advento do instituto da reeleição, esses gestores, eles iniciam o primeiro mandato já pensando na reeleição para o segundo mandato”, explicou.
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Ainda de acordo com o parlamentar, essa discussão chegou em uma boa hora, afinal de contas, de acordo com Pauderney, pode economizar ainda mais nos financiamentos das campanhas eleitorais com os recursos públicos.
“Vem em boa hora, mesmo que nós tenhamos que entregar. [Eleições] de 2 em 2 anos está se gastando mais de 5 bilhões de reais de recursos públicos para financiar campanhas. Isso poderia ser aplicado em saúde, educação, segurança pública, que nós sabemos que o Brasil está devendo uma resposta sobretudo nessas áreas, e especialmente a segurança pública, onde nós vemos aí as cidades se transformando, que os Estados se transformando”, explicou o deputado federal.
“Eu vou votar a favor do fim da reeleição”, anuncia Pauderney Avelino pic.twitter.com/LoEv30VCHN
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) May 21, 2025
Fim da Reeleição
Nesta quarta-feira (21/5), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 12/2022 que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos. O texto ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos.
A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos. A proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.
Agora, a PEC segue para análise do plenário do Senado.