Ex-presidente do INSS será ouvido em CPMI que apura desvio bilionário de benefícios

Ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto | Divulgação/Wilson Dias/Agência Brasil
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS vai ouvir, nesta segunda-feira (13), o ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, exonerado em abril após a primeira fase da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
A investigação apura fraudes em descontos irregulares de mensalidades associativas contra aposentados e pensionistas, com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões desde 2019.
A convocação de Stefanutto, de caráter obrigatório, foi apresentada por vários integrantes da CPMI, entre eles o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG).
Segundo os parlamentares, há indícios de omissão grave do ex-dirigente, que teria permitido falhas sistêmicas exploradas para fraudar beneficiários.
Nos últimos dias, a CPMI recebeu documentos sigilosos do COAF, Receita Federal e do próprio INSS, após autorização de quebra de sigilos aprovada pelo colegiado. Entre os dados enviados pela Receita, estão informações sobre movimentações financeiras, cartões de crédito e declarações de imposto de renda de Stefanutto entre janeiro de 2023 e julho de 2025.
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Os parlamentares afirmam que o ex-presidente é acusado de autorizar o desbloqueio em massa de descontos associativos, contrariando parecer técnico da Procuradoria Federal junto ao INSS — o que levantou suspeitas de favorecimento e possível recebimento de propinas.
A CPMI também analisa mensagens enviadas por Stefanutto em e-mails institucionais e relatórios do COAF sobre movimentações suspeitas. Além dele, está previsto para esta segunda-feira (13) o depoimento do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Paulo Félix Fidelis.
*Com informações do SBT News.
