Em resposta à crise desencadeada pelas intensas chuvas no Rio Grande do Sul, o Governo Federal redobrou esforços para apoiar o estado. Nesta quinta-feira (2/3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou a cidade de Santa Maria para avaliar a situação.
No mesmo dia, o Governo Federal oficializou o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul, para facilitar a destinação de recursos e contratações emergenciais pelo estado. De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, até o momento, as chuvas deixaram ao menos 31 mortos, dezenas de feridos e mais de 60 desaparecidos.
Embora o valor exato destinado à região desde o início da semana não tenha sido divulgado pelo Executivo, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional informou que R$ 325 milhões foram liberados desde 2023 para ações de defesa civil no estado.
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Diante desse cenário, o governo federal anunciou uma série de medidas emergenciais para atenuar os impactos das enchentes. Dentre elas, destaca-se o aumento do efetivo das Forças Armadas, passando de 335 para 626 militares mobilizados na região. Além disso, foram disponibilizadas 45 viaturas, 12 embarcações e botes de resgate enviados pela Marinha e Exército, juntamente com o emprego de oito aeronaves.
Para reforçar o atendimento médico às vítimas, será instalado um hospital de campanha na região de Lajeado, contando com estrutura para triagem, consultórios, enfermarias com 40 leitos e alojamentos.
Sala de comando
Ainda visando uma atuação coordenada, o Palácio do Planalto estabeleceu uma sala de comando e controle para articular as ações interministeriais do governo. O presidente Lula determinou a montagem de um posto de comando em Santa Maria para agilizar a comunicação com Brasília.
Na esfera social, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social antecipará o pagamento do Bolsa Família para os beneficiários que vivem nas áreas atingidas pelas enchentes, permitindo o saque sem a exigência do cartão e documentação específica.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou os tribunais do país a repassar verbas depositadas como pagamento de multas para auxiliar a população afetada pelas chuvas, seguindo recomendação para repasse dos valores à Defesa Civil.
Outros setores também estão envolvidos na resposta à crise: o Ministério de Minas e Energia tem cobrado das distribuidoras a retomada do fornecimento de energia elétrica, enquanto o Ministério das Comunicações determinou o envio de antenas emergenciais para atendimento aos moradores ilhados.
Parlamentares convocam reunião emergencial
Para debater e planejar novas ações, a comissão externa sobre enchentes do Rio Grande do Sul da Câmara dos Deputados convocou uma reunião emergencial para esta sexta-feira (3), às 9h, na Assembleia Legislativa gaúcha.
*Por Otávio Vislley