
Após ser chamada de “João”, Erika Hilton processa Eduardo Bolsonaro por transfobia

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) entrou com uma ação judicial contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusando-o de praticar transfobia por meio de publicações nas redes sociais. A ação tramita na 1ª Vara do Juizado Especial Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo e pede indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil, além da exclusão das publicações consideradas ofensivas e a proibição de novas manifestações do tipo.
O atrito teve início no dia 10 de julho, quando Erika Hilton usou sua conta na rede social X (antigo Twitter) para anunciar que havia solicitado à Justiça o bloqueio de bens, contas bancárias, doações e perfis de Eduardo Bolsonaro.

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A deputada alegou que o parlamentar foi responsável por articulações que resultaram na imposição de uma tarifa de 50% por parte do ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre todas as exportações brasileiras.
“Eduardo Bolsonaro foi responsável por articular os ataques e as tarifas aplicadas por Trump contra o Brasil. E agora ele está organizando, nas redes sociais, um movimento para agradecer Trump e incentivar novos ataques contra o nosso país”, escreveu Erika na publicação.
Três dias após a postagem, Eduardo Bolsonaro respondeu, referindo-se à deputada pelo nome morto “João” e utilizando pronomes masculinos. A publicação ofensiva ainda está ativa e foi anexada ao processo, juntamente com outros registros em que o deputado insiste em desrespeitar a identidade de gênero de Erika Hilton.
