Erika Hilton aciona PGE e pede inelegibilidade de Eduardo Bolsonaro após fala sobre anistia

(Foto: montagem)
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou na segunda-feira (6/10) um pedido à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja declarado inelegível. A solicitação ocorre após o parlamentar afirmar, nas redes sociais, que “sem anistia, não haverá eleições em 2026”, em referência à discussão sobre o projeto que flexibiliza penas para condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Em suas redes sociais, Erika Hilton justificou o pedido, destacando que a declaração de Eduardo Bolsonaro representa uma ameaça direta à democracia.
A parlamentar ainda fez críticas ao colega de Câmara, afirmando que é “inaceitável que uma figura execrável como Eduardo Bolsonaro, após todos os crimes que tem cometido contra o nosso país, nossa Justiça e nossa Democracia, possa se candidatar a deputado ou até mesmo a presidente no ano que vem”.
Hilton destacou também que o deputado mantém um gabinete com nove assessores que recebem, juntos, R$ 132 mil por mês. Ela classificou o filho do ex-presidente como um “parasita disfarçado de ser humano” e afirmou que ele deveria servir de “exemplo universal de fracassado”.
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A declaração de Eduardo Bolsonaro foi feita na última quinta-feira (2), na rede social X (antigo Twitter), ao comentar o PL da Dosimetria, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O deputado defendeu que apenas uma anistia ampla, geral e irrestrita seria uma resposta adequada ao que chamou de “defesa tolerável da democracia”.
“Querer flexibilizar a anistia soa como suavizar a vida de ditadores, que só respeitam o que temem. Sem anistia não haverá eleição em 2026”, escreveu.
