Vereador Elan Alencar alerta sobre “efeito cascata” de mudanças na previdência municipal

Reproducao / Foco no Fato/ youtube
Nesta quinta-feira (17/10), o vereador Elan Alencar (DC) se posicionou sobre a proposta que altera o tempo de contribuição dos professores e servidores da Prefeitura de Manaus, a conhecida “reforma da Previdência”, que está em debate na Câmara Municipal de Manaus (CMM), destacando a complexidade e os possíveis impactos financeiros do tema.
“É um assunto desconfortável, porque interfere diretamente na vida do professor. Você imagina, a professora teria que aumentar sete anos, o professor cinco anos. A gente acaba ficando numa posição de juiz, tomando decisões que podem não agradar nem os profissionais de educação nem a opinião pública”, afirmou Elan, durante entrevista ao Foco no Fato.
O parlamentar ainda lembrou que foram realizadas várias audiências públicas e apresentados estudos pela diretora-presidente da Manausprev, Daniela Benayon, mas ressaltou que ainda é necessário mais debate.
“No primeiro momento entendemos que o tema precisava ser melhor esclarecido. Por isso, ele ficou na Comissão de Constituição e Justiça, onde o presidente, vereador Gilmar Nascimento, e os demais companheiros chegaram a um consenso: vamos discutir melhor. Nosso receio é que, no futuro, daqui a 10, 15 ou 20 anos, não haja recursos para pagar os servidores. A prefeitura já está tendo que complementar a folha de aposentados e pensionistas com recursos do tesouro e de outras fontes. É um tema delicado e estamos com extrema cautela”, explicou.
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Elan também reconheceu o direito de sindicatos e associações de reivindicar os interesses da categoria, mas reforçou a necessidade de responsabilidade fiscal.
“A categoria tem todo o direito de reivindicar, mas ninguém quer pensar no efeito cascata no futuro. Arquivar ou adiar a votação não significa que o tema será esquecido, mas sim que precisa ser melhor debatido”, concluiu.
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