Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) solicitaram ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a devolução temporária do passaporte do ex-presidente. O pedido foi realizado na última segunda-feira (25/03), antes da estadia por dois dias de Bolsonaro na embaixada da Hungria ser revelada pelo jornal norte-americano The New York Times.
O passaporte foi apreendido no dia 8 de fevereiro na operação Tempus Veritatis, que apura suposta tentativa de golpe de Estado.
Na quarta-feira (27/03), a defesa de Bolsonaro respondeu aos questionamentos do ministro do STF sobre a passagem do ex-presidente na embaixada húngara em Brasília.
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No pedido de devolução do passaporte, os advogados anexaram um convite assinado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que Bolsonaro visite o país entre os dias 12 e 18 de maio.
Em nota, a embaixada israelense confirmou que Netanyahu chamou o ex-presidente brasileiro devido à “forte amizade” entre ambos e ao “apoio sem reservas expresso por Bolsonaro ao direito de Israel de se defender contra o terrorismo brutal do Hamas desde as atrocidades do dia 7 de outubro”.
Ainda segundo os advogados de Jair Bolsonaro, a liberação para a viagem a Israel “não acarreta qualquer risco ao processo” contra o ex-presidente. Esta é a segunda vez que a defesa recorre da decisão do ministro Alexandre de Moraes que reteu o passaporte de Bolsonaro desde o dia 8 de fevereiro.
Nesta semana, o jornal The New York Times divulgou imagens de Bolsonaro na representação diplomática. A defesa dele afirmou que a hospedagem na embaixada foi para “manter contatos com autoridades do país amigo”.
*Com informações da CNN Brasil e do UOL