Em Reunião Comissão de Constituição e Justiça, senadores receberam a presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro, Helderli Fideliz Castro de Sá Leão Alves, que também preside o Conselho Municipal de Direitos Humanos de Manaus (AM).
Na abertura da sessão, que investiga o suposto uso indevido de recursos públicos ou estrangeiros por parte de ONGs no Brasil, o senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da CPI, deu uma cutucada no atual governo, dizendo que os Institutos Ambientais, as ONG’s que atuam na Amazônia, têm como membro ou ex-membros, ocupantes de cargos em ministérios, como a Ministra Marina Silva, ou em função pública, o que geraria conflito de interesses.
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONG´s, senador Marcio Bittar (União-AC), questionou o recebimento de verba vinda de outros países.
“Quem paga manda. Será que é interesse ecológico!? Como que o Brasil permite que uma agência de um outro governo financie as Ong daqui? Onde está a fiscalização?”
Outro ponto suscitado foi a manipulação dos questionários do IBGE para dobrar a população indígena. A convidada para depor, Helderli Alves,denunciou que “estão transformando mestiços em indígenas”, o que teria resultado na elevação do número de indígenas nas estatísticas do IBGE.
Ela também questionou os critérios do órgão quanto à classificação racial de índios há mais de uma década. Foi constatado pelo último Censo que a população aumentou em 90%.
Segundo os senadores, essa usurpação se deve a intenção de ampliar as áreas indígenas. De uma hora para outra, o governo federal baixa uma portaria autorizando a criação de uma APA – Area de proteção ambiental – e a família que ocupa o espaço desde o princípio, passa a ser tida como invasora, destaca o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). São tantas questões que precisam ser esclarecidas.
- Por Juliana Miranda