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CPI contra padre Julio Lancellotti é protocolada na Câmara de São Paulo

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O vereador Rubinho Nunes (União) protocolou nesta quarta-feira (13/03), na Câmara Municipal de São Paulo, um novo pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suspeitas de crimes contra pessoas em situação de rua na capital paulista. A CPI tem como alvo o padre Julio Lancellotti, conhecido por sua atuação social e na região da cracolândia.

O vereador, que integra a base do prefeito Ricardo Nunes (MDB), conseguiu as 19 assinaturas necessárias para dar andamento ao pedido. Um dos signatários é o presidente da Casa, Milton Leite (União).

Agora o requerimento de instalação precisa ser levado para votação no plenário. Serão necessários o apoio de ao menos 28 dos 55 parlamentares para aprovar o requerimento de preferência, que permite a CPI passar à frente de outros pedidos de investigação. Se aprovada, a comissão será composta por sete vereadores e terá duração de 120 dias, que pode ser prorrogada por mais 120.


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O vereador disse ter recebido denúncias de crimes sexuais contra o religioso e mudou o escopo da CPI, agora mais direcionada à figura de Lancellotti. Parte das denúncias remete a acusações antigas, e arquivadas, feitas por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), do qual Rubinho faz parte.

No requerimento de abertura da CPI, o parlamentar afirma que a comissão terá como objetivo “apurar violações à dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição no município de São Paulo”.

Vereadores do PT e do PSol são contrários à CPI e acusam Rubinho de promover a investigação por motivação política.

“Qual a necessidade de blindar o sujeito? Se o trabalho dele é tão correto, se o que ele faz é tão ilibado [por que não investigar?]”, rebateu o vereador, em discurso na terça-feira (12).

Nos últimos dias, movimentos sociais e militantes fizeram atos em apoio ao padre. Em manifestações anteriores, Lancellotti disse que as acusações são falsas e que a Arquidiocese, que também apura o caso, esclarecerá a verdade.

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