Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizam nesta quarta-feira (07/05), a “Caminhada Pacífica pela Anistia Humanitária”, manifestação que tem como objetivo pedir a anistia dos presos pelos atos de 8 de Janeiro de 2023. O ato está marcado para as 16h, em Brasília, e é organizado pelo pastor Silas Malafaia, um dos principais aliados de Bolsonaro.
A concentração dos manifestantes será na sede da Funarte (Fundação Nacional de Artes), próxima à Torre de TV, na região central da capital federal. De lá, o grupo seguirá em direção à Esplanada dos Ministérios, utilizando duas faixas do Eixo Monumental, com uma terceira faixa sendo interditada temporariamente por forças de segurança que acompanharão o protesto.

(REUTERS/Pilar Olivares)
Grades de proteção serão instaladas ao longo da Avenida José Sarney, onde os manifestantes permanecerão antes de seguir em caminhada até a Esplanada. A presença de policiamento e de esquema especial de segurança já foi confirmada por autoridades do Distrito Federal.
Ato em Brasília será diferente
Segundo os organizadores, o ato terá um formato diferente dos realizados anteriormente em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Em Brasília, haverá um trio elétrico, que servirá de palanque para os discursos de parlamentares e líderes religiosos. A ideia, conforme Silas Malafaia, é promover maior aproximação com o público.
Diferente de eventos anteriores mais centrados em lideranças políticas, essa manifestação busca criar um ambiente de integração entre os congressistas bolsonaristas e os manifestantes. Alguns deputados e senadores ficarão junto aos apoiadores, e não apenas sobre o trio elétrico.

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Diversos nomes do PL (Partido Liberal) e de partidos aliados confirmaram presença no ato. Estão programados para discursar:
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Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL;
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Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da bancada na Câmara;
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Tenente-Coronel Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara;
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Silas Malafaia, pastor evangélico e organizador do evento.
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Outros congressistas que devem discursar no evento incluem:
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Nikolas Ferreira (PL-MG) – deputado federal;
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Gustavo Gayer (PL-GO) – deputado federal;
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Magno Malta (PL-ES) – senador;
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Damares Alves (PL-DF) – senadora;
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Eros Biondini (PL-MG) – deputado federal;
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Sargento Fahur (PSD-PR) – deputado federal;
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Marco Feliciano (PL-SP) – deputado federal;
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Eduardo Girão (Novo-CE) – senador;
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Mauricio do Vôlei (PL-MG) – deputado federal.
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Há também a expectativa de que Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, participe e faça um discurso. No entanto, sua presença ainda não é confirmada, pois depende do estado de saúde de Jair Bolsonaro, que recentemente passou por uma cirurgia.
Bolsonaro não deve comparecer
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que “a chance de comparecer ao ato é próxima de zero”, devido ao seu estado de saúde debilitado. Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia no abdômen para desobstrução intestinal e reconstrução da parede abdominal, permanecendo internado por 22 dias.
“Estou em casa, a minha situação ainda é muito complicada. Fica complicadíssimo comparecer a um evento desses, onde não sei quantas pessoas terão”, declarou o ex-presidente em entrevista ao site Poder360. Segundo ele, um “abraço mal” dado poderia comprometer sua recuperação.

STF mantém sessões normais
Mesmo com a mobilização de grande porte em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) informou que suas sessões seguirão normalmente ao longo da semana. Em nota oficial, o Tribunal declarou que mantém diálogo com as instituições de segurança pública do Distrito Federal e que irá adotar medidas de reforço na segurança das instalações, como ocorre em casos de grandes manifestações.
“Os eventos e sessões de julgamento previstos para a semana não tiveram alteração em razão da manifestação”, informou a assessoria da Corte.