O Centrão, conglomerado de partidos que se mantém no Congresso Nacional por meio de permutas com o governo de ocasião, articula para colocar em pauta um projeto que prevê a criação de um fundo para a instalação de gasodutos no Brasil. A ideia é retirar R$ 100 bilhões do Pré-Sal que seriam direcionados ao Tesouro Nacional para a construção dessas estruturas.
Caso aprovado, o “Centrãoduto” vai beneficiar o proprietário da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Carlos Suarez, que detém a autorização exclusiva de distribuição do insumo em estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em 1995, o então governador do Amazonas, Amazonino Mendes, concedeu a propriedade da companhia a Suarez.
A estratégia dos parlamentares é viabilizar o fundo por meio de um “jabuti” – emendas não-relacionadas às propostas originais – no Projeto de Lei 414, que estabelece medidas para modernizar o setor elétrico no país.
Leia mais:
“É preciso resgatar essa história, é preciso que o Brasil se una para separar o que é interesse privado e o que é interesse coletivo. Que o senhor Carlos Suarez se mova para conseguir os R$ 100 bilhões”, afirmou o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB-AM). “Ele quer construir gasodutos justamente na área onde tem concessão“.
O relator do projeto, Fernando Coelho Filho (UB-PE) já se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para definir estratégias sobre a iniciativa. A Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) criticou o projeto, acusando-o de privilegiar um setor de geração de energia poluente que deve aumentar os custos para o consumidor final.
Da redação, com informação do Estadão
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Caso aprovado, o “Centrãoduto” vai beneficiar o proprietário da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Carlos Suarez, que detém a autorização exclusiva de distribuição do insumo em estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em 1995, o então governador do Amazonas, Amazonino Mendes, concedeu a propriedade da companhia a Suarez.
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O relator do projeto, Fernando Coelho Filho (UB-PE) já se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para definir estratégias sobre a iniciativa. A Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) criticou o projeto, acusando-o de privilegiar um setor de geração de energia poluente que deve aumentar os custos para o consumidor final.
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