Seis anos depois dos assassinatos de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, a Polícia Federal (PF) enviou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) após novas provas mencionarem envolvimento de uma pessoa com foro privilegiado.
Foro privilegiado é o termo que designa o fato de que algumas autoridades são julgadas diretamente pelo STF. São elas: presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais, integrantes dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores.
O caso, sob condução da Polícia Federal, estava no STJ e migrou ao Supremo, segundo fontes da Corte, porque os investigadores identificaram o possível envolvimento de personagens com foro privilegiado no tribunal.
Como está em sigilo, não há, por ora, informação sobre o avanço da apuração, sobre quem seria o investigado nem qual ministro foi nomeado relator do caso.
Leia mais:
Ato no centro do Rio de Janeiro marca os 6 anos da morte de Marielle Franco
Juíza nega pedido para excluir postagem de Nikolas Ferreira sobre morte de Marielle Franco
Presos
A investigação ainda não identificou o mandante da morte da vereadora. Até o momento, seis anos depois do crime, estão presos os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, e o ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, o Suel.
Élcio de Queiroz, apontado como motorista do carro usado no crime, aceitou um acordo de delação premiada sobre as mortes de Marielle e Anderson no ano passado. Ele confessou que dirigia o Cobalt prata utilizado no dia dos assassinatos e afirmou que Ronnie fez os disparos com uma submetralhadora.
Segundo informações do O Globo, Ronnie Lessa teria fechado um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) sobre a morte de Marielle. De acordo com o site The Intercept Brasil, o militar teria delatado que o mandante do crime seria Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).